quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Mr Player

Backstage



Bons Tubos

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Obrigado

Longe de ser católico, mesmo muito longe de ser católico, hoje dei por mim a agradecer a alguém. Não sei bem a quem, mas hoje agradeci.

Ás vezes é mesmo preciso fugir e hoje aterrou-se ali para os lados da mais estimada esquerda da região Oeste. Vedeta na cena do surf internacional e ferozmente guardada por locais, a verdade é que são raras as verdadeiras sessões gourmet. Mas hoje a sessão foi gourmet.

Entre cães de guarda e visitantes, deitados e em pé, bons ou muito bons, o crowd até estava agressivo, mas quando uma sessão começa com um tubo e acaba com a maior do (meu) dia, é mesmo preciso agradecer.

Hoje, agradeci. E poucos sabem como eu estava a precisar de agradecer. A alguém, aqui fica um grande Obrigado pela melhor prenda deste Natal.



Supertubos

domingo, 18 de dezembro de 2011

Grande

Grande nível.

Gastão Entrudo / Resume 2011 from mtn-photo.com on Vimeo.



Bons Tubos

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Antepassados

Ora vejam lá se os nossos antepassados não andavam or lá.



Bons Tubos

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Promessa Cumprida, by Mr Charles



"O nosso desporto precisa de um Kelly Slater" dizia Nuno Trovão durante os ISA World Bodyboarding Games dominados pelos franceses e com Pierre-Louis Costes a explicar a todos os que estavam ali, em La Guancha, que o seu encontro com a História estava, finalmente, a chegar.

Um encontro que, todos sabíamos seria cerca de um quilómetro à direita de onde estávamos. El Frontón.

A primeira vez que vi PLC foi numa Vert. O rapaz teria cerca de 14 anos e ainda andava de prancha RIP. Um 360 aéreo ofensivo para as leis da gravidade. Um pouco por todo o lado já se ouvia falar do pequeno francês que seria campeão do Mundo.

O talento estava lá, sem dúvida. Mas campeão do Mundo?

Saltemos uns anos. A RIP trocada por uma VS e uma final do Circuito Mundial em Pipeline. Ryan Hardy saíria vencedor mas a manobra daquela final foi um invert gigante do puto francês para Backdoor. Sem medo. Com fome.

A mesma fome expressa numa entrevista filmada na sua França natal em jeito de rescaldo da final: "Ryan já esteve na posição de finalista várias vezes e ele sabia o que fazer para ganhar."

Mais um salto. Pierre ganha no Peru com um backflip numa onda pesada com uns dois metrões. Sem palavras. Afinal, o puto ganha campeonatos. Mas ainda não é um GSS...

Entretanto, Amaury vence o título mundial. Na sombra, não é difícil perceber o misto de alegria e fome invejosa ou inveja esfomeada. O puto foi segundo do Mundo. Mas não chega.

Em 2011, a mudança de patrocinador principal, uma relação sólida com uma portuguesa, a mudança para Portugal. Demasiadas mudanças? O ano não começa bem. Pierre usa e abusa dos backflips sem critério. Os juízes sabem que PLC consegue sacar aquela manobra dentro de um alguidar e de olhos fechados. As notas não saem, os resultados sofrem.

Não, não parecia ser 2011 o ano...

Mas, confesso que nem sei bem onde, Pierre mudou. Os backflips começaram a sair menos. A variedade e a qualidade suplantou a quantidade. O sinal definitivo que algo havia mudado e que o talento tinha amadurecido chegou em Puerto Rico.

Parecia impossível mas esta era a primeira vitória GSS do puto francês. De Puerto Rico, passou ao GQS dos Açores. Vitória. Depois, Canárias. O mapa estava certo. A vontade e o talento também. Vitória com 19,00 pontos na final Open dos World Bodyboarding Games.

Frontón. Mundial IBA GSS.

Jeff Hubbard cai; Ryan Hardy também. PLC passa.

Dia D: Mensagem do local: "10 pés, prós borrados". O palco estava montado. PLC e a História como protagonistas. Jared Houston como figurante.

Mas estava escrito. Os braços estão no ar e as t-shirts saem para fora dos sacos: PLC campeão do Mundo. Festa, lágrimas da portuguesa Rute Penedo. O cheiro de champanhe perpassa as colunas do computador. No meio disto tudo, uma imagem e uma frase:

Um puto de cabelos negros a voar numa RIP azul e larga. "O nosso desporto precisa de um Kelly Slater"



Bons Tubos

Azia II

Já por aqui o escrevi mais que uma vez: acho que o Pierre tem tudo para vir a ser, não mais um campeão do Mundo, mas um nome enorme na história do nosso desporto. Por aqui, também já escrevi que sou fã incondicional do Hubbard. Posto isso, e porque nesta altura me parece que este campeonato teve os juízes mais tendenciosos de que me lembro, vou pedir a um amigo, que alguns de vocês conhecerão, para escrever aqui um post sobre o Pierre.

Posto isso, visto que o próprio não tem culpa nenhuma dos (não) critérios dos juízes e que até ganhou o Mundial com um grande tubo, aqui ficam os sinceros parabéns ao Pierre Louis Costes pelo título Mundial.

... mais novidades dentro de momentos.


Bons Tubos

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Go SAFA!

O Pierre que me desculpe, mas ...





Bons Tubos

Azia

Como estou a recuperar da azia e como não vi o heat do Hubbard. Fica o relato do Mccarthy.

Primeiro sobre os 0.30 que faltaram ao Hubb.
"Mark Mccarthy
How's that score for the last ars of Hubb? Should of been at 6.5 @iDaveWinchester"

Depois ... sobre os (três) tubos que o desgraçado do canário mandou na última onda.
"Mark Mccarthy
‎10pts for Elliots last wave @ibaworldtour @iDaveWinchester ??"

E acrescento o comentário de um tal de Matthew Lackey
"how in hell did Elliot NOT get the score for that barrel!!??????"

Bons Tubos.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Pipe Masters

Numa altura em que as horas de espera pelos heats decisivos no Fronton parecem absurdamente longas, em que quase se torna impossível não imaginar o backflip com que o Pierre entra para o clube dos campeões, a vista do andar onde o Hubbard foi mandar o ARS decisivo ou de que minuto do heat o Hardy precisa para chegar a primeiro.

Mas não somos os únicos em tensão. Lá para os lados de Pipe, os mestres dos bípedes lutam por um dos troféus mais desejados. Em pé ou deitado, os Pipe Masters pertecem a numa classe à parte e entre a tropa da ASP não falta que more na praia. Um festim perfeito para quem desespera por uma final.

Um australiano "cool", um francês imprevísivel e um havaiano à procura do hat trick, numa onda que todos gabam. Do lado de lá, Pipe. Depois de um primeiro dia com 15 pés de "pumping pipe", na final foi a 'segunda linha' que me fez cair o queixo. Nós por cá, na galáxia temos o Rigby. Por lá, anda um John John Florence que surfou Pipeline como eu há muito não via e um Gabriel Medina de que já todos têm medo. Depois, além dos O'brien, dos Dorian ou dos Burrow, há uma classe de senhores. Slater. São onze títulos mundiais, um talento verdadeiramente único e um lugar inquestionável no trono dos melhores atletas de sempre. E os juízes sabem-no. Só com um tubo nota dez - os juízes não concordaram comigo - o Parkinson mandou-o para a areia. "Its the best thing you could do", desabafou o australiano...

Mas a vida é dura e Parkinson nem teve direito ao "momento pós heat"?

- "Kelly, i have to ask you. What about next year?"
- "Well. I requalified..."

Mas a realidade é dura e, por mais que surfem, a cabeça não mora em Pipe. Menos rápida, mais agreste e, salvo erro, com as pedras bem mais destapadas, é em El Fronton que a coisa se decide. Será que é este desta que se ganha uma final com um invert para reverse? A espera é longa ...

Desculpem o fim abrupto. Mas vou ali ao lado, até aos de lá. Os bípedes estão a chegar à final - Parkinson contra Michel Bourez ou Kierem Porrow. O meu palpite? Os juizes não lhe deram os dez nem os senhores da ASP lhe deram o "Momento Pós Heat", mas se ainda há justiça no Mundo, o tubo nota dez tem de valer o título de Pipe master ao Parko.

Até já




Bons Tubos

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

One down ...

É uma verdade universal: a dor faz parte do crescimento. Seja a adolescência, a escalada profissional ou, neste caso, na afirmação de um desporto, crescer custa muito. Dá trabalho, dissabores e, frequentemente, dói. No final de um ano em que o nosso desporto cresceu como nunca, ficam algumas dores.

A primeira e talvez a maior é a exclusão de atletas portugueses da elite mundial. Mas a essa, irei mais tarde ... A segunda, é a saída de cena de alguns dos históricos da modalidade. Primeiro o Damian King e agora o Mike Stewart, também não sobreviveram. É impossível prever se o aussie volta. Durante dois anos batalhou por resultados que nunca apareceram e a mim parece-me que teria de reiventar o seu surf para voltar a brilhar entre os tops. Stewart, arrisco, não volta. Os 49 (?) anos pesam, as costas já não estão para backflips e a concorrência, mesmo agradecendo as dicas, não facilita. Certamente que os voltaremos a ver surfar - isso sim serão wildcards bem empregues! - mas regularmente, a lutar por posições no ranking, duvido ... Ficam as dores de um desporto em que o nível subiu, cresceu, a um novo patamar.

Hoje, o melhor bodyboarder de sempre perdeu a oportunidade de selar o seu sétimo título Mundial. Não vi o heat que o nosso Gastão venceu, mas conheço os seus efeitos: restam três candidatos a campeão. Não sei se será dor de crescimento, mas no Fronton a IBA alterou as regras para garantir que os candidatos só se encontram na final ... Sabendo que o Hardy é tudo menos fácil de eliminar, que o Pierre passou todo o ano a elevar o seu nível de surf e que o Hubbard é o melhor bodyboarder do Mundo, com ou sem regras novas, o espectáculo está garantido.



Bons Tubos

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

The showdown

Mais cedo ou mais tarde, teria de terminar o melhor mundial de que há memória nos 40 anos do nosso desporto. Com o final chegarão, espero, as garantias de uma próxima época ainda melhor, mais profissional, com webcasts e divulgação afinadas e, se for possível, com melhores ondas e melhores atletas. Mas há um ponto em que é, impossível melhorar: o showdown final. Este ano, o título decide-se na melhor onda do Mundo para bodyboard e na corrida estão só os meus bodyboarders favoritos.

Vejo Hubbard como o melhor do Mundo. Vejo Pierre como o mais sério candidato ao Olimpo a aparecer desde os títulos mundiais do Player. Vejo o Hardy como o equivalente aquático da selecção brasileira de 1982 - nunca mais ninguém jogou futebol assim e duvido que alguém o consiga repetir - e entrego, conscientemente e disposto a defender a opinião, o título de melhor bodyboarder de todos os tempos ao GT.

Dirão, o Hubbard não é o melhor do Mundo. Direi que estão enganados. No nível galáctico a que se disputa o nosso Mundial, o havaiano voador é dos poucos com manobras a que poucos chegam e, arrisco, o único capaz de conseguir notas superiores a 5 com manobras falhadas. Se tem aterrado o reverse em Puerto Rico quanto lhe dariam os juízes? 12? Não bastasse o facto de, afinado, ser virtualmente impossível de derrotar, Hubb vai tentar agarrar o terceiro caneco na onda onde, no ano passado, despachou tudo e todos ainda meio lesionado.

O Pierre tem a moral, a elasticidade e o talento dos grandes campeões. Mas mais que isso, é profissional. Não facilita nas entrevistas, sabe como trabalhar a imagem e na água nunca deixa que o seu nível seja colocado em causa. No arranque da temporada perdeu pontos ao abusar em backflips forçados, mas a forma na recta final não é nada menos que aterradora. Será que consegue virar a tabela e ultrapassar o havaiano voador?

Hardy. Há quem jogue bonito, quem jogue eficaz e até quem jogue feio. Marcações, provocações e dropinanços, vimos de tudo na temporada mais profissional de que há memória no nosso desporto e esse não é o ambiente natural do homem com o bodyboard mais bonito que conheço. Um talento sobrenatural e uma capacidade absurda de encaixar manobras atrás de manobras sem nunca perder a compostura, fazem de Hardy um dos melhores bodyboarders do Mundo. Tal como o Rob Machado, o seu equivalente bípede, Hardy não precisa de títulos mundiais para manter o estatuto e sabe-o melhor que ninguém. Será esse o seu calcanhar de aquiles? Estarei enganado e é no Fronton que se junta ao King e ao Player?

O melhor de sempre. Nasceu numa altura em que Stewart era Rei, em que os mundiais se disputavam quase exclusivamente no quintal do rival e em que os patrocinadores lhe eram pouco simpáticos. Destruiu o "tio", destruiu o Eppo, venceu seis mundiais e terminou outras tantas temporadas em segundo. Mas tem um handicap: é brasileiro, provavelmente a nacionalidade menos "cool" do nosso desporto, a mais sujeita a preconceitos saloios normalmente disparados de nações com bem mais mania que títulos. É capaz de derrotar os três candidatos para juntar mais um título ao currículo? Evidente. Sobretudo quando a final é disputada numa onda onde a coragem, a inconsciência e capacidade de fazer manobras onde todos os outros se encolhem vale pontos. Muitos pontos.

Não sou, honestamente, capaz de escolher um favorito. Diz a aritmética que o Hubbard é favorito e que o PLC está perto. Diz a aritmética que Hardy e GT terão de ter os astros bem alinhados para sair das Canárias com o maior dos canecos da história do nosso desporto. E eu fico num dilema. Se o Hubbard é o melhor do Mundo, o GT o melhor de sempre, o Hardy o dono do Bodyboard mais bonito que alguma vez vi e o PLC o puto que vai carregar o nosso desporto para um novo patamar, porque quem torço? Com a certeza que será impossível entregar mal este caneco, ficarei a torcer pelo nosso Bodyboard.

Deixo-vos com a banda sonora que eu escolheria para o showdown final.




Bons Tubos

domingo, 4 de dezembro de 2011

Dislike

Tentei acompanhar o último dia dos campeonatos ISA, mas desisti. É discutível o interesse da competição - um mundial sem os melhores do Mundo é o quê? - as condições - tinha a ideia que o grande 'brinde' deste campeonato era o facto de ser disputado no Fronton ... - e o nível apresentado na água - vi tanto rollo que pensei que estava a ver um filme das minhas férias - mas o que eu já não aguento são comentadores aos gritos, a repetir lugares comuns e incapazes de acrescentar o que quer que seja ao que se vê no webcast. Já não há paciência para tantos "Yewww", "Tudo é possível", "Arriba!!" e uivos - juro que ouvi ladrar ... -, o resto são dores de crescimento de um desporto que celebra o 40º aniversário.

Ficam os parabéns ao grande Porkito. All in all, BRONZE é bronze!



Agora, venha o Grand Flavour El Frónton, quanto mais não seja para ver se o Pierre Louis Costes - que venceu nas Canárias com 19 pontos - está mesmo imbatível.


Bons Tubos

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Apelo

Ao contrário de outros por onde já andei, este blog não tem restrições aos comentários. Ao contrário de outros por onde já andei, neste blog os comentários serão sempre livres. Vejo a caixa de comentários como um sítio de discussão, livre e uma forma de alimentar o movimento do blog. São opções, uma mais arriscada, outra menos comentada. Deixo um apelo. Não usem a caixa de comentários como caixote de lixo ou como saco de boxe para as mais variadas frustrações, de resto, usem-na para o que vos apetecer. Agradeço que discordem do que por aqui escrevo, que corrijam e que se tornem regulares neste blog. Não escrevo nada que se aproveite? Não percebo nada de Bodyboard? É simples, não voltem. Dispenso que a caixa de comentários se torne numa caixote de lixo.

Deixo-vos com um dos mais promissores "wonder kids" portugueses.

Francisco Bessone, México 2011 from Francisco Bessone on Vimeo.




Bons Tubos

domingo, 27 de novembro de 2011

Eunate Aguirre

Há uns mais campeões que outros? O número de taças em casa, as sequências e as exibições históricas fazem as Lendas, mas e Campeões? A vitória num Mundial de Surf vale mais que a conquista de um Mundial Feminino de Bodyboard?

De um lado, os milhões. Com eles os atletas de topo multiplicam-se e a concorrência nos heats torna-se bem mais exigente. É inevitável. Se ao fundo do arco-iris o pote estiver recheado, são mais os que entram na corrida e uns encontrões tornam-ese inevitáveis. No surf, assim como em todos os desportos bem pagos, o nível na água está altíssimo. A maioria das etapas são um festim para quem gosta de ver ondas serem bem tratadas e nunca faltam novidades no timming certo. Luxo.

Não acompanhei o mundial de feminino de bodyboard e raras foram as imagens que encontrei. Na água, a concorrência em é números controlados, mas garra não falta. Pequeno ou grande, nunca ouvi que uma etapa do mundial feminino fosse cancelada antes da masculina e já tive a sorte de ver algumas das senhoras surfar ao vivo. A concorrência é, garanto, pesada.

Ora e quem corre entre concorrência pesada e com o pote, no mínimo, minimalista no fim é menos campeã que as versões on speed? Not in my book.

Nos Açores, Eunate Aguirre agarrou o caneco que já tinha sotaque brasileiro e garantiu uma cadeira da mesa das campeãs do Mundo. Uma classe à parte.



Parabéns.


Bons Tubos

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Açores



Basta olhar para esta foto para perceber que não há ondas de classe mundial em Portugal. Nem sei como o Faustino conseguiu sacar um dez (além de um nove) numa onda tão merdosa.

Bons Tubos

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Set

Hoje perdi um grande Set.



Bons Tubos

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Berlengas

Um grande video descoberto no Palavras.



TRIP TO BERLENGAS 2006 - Part 2 from Nuno NFOG Gaspar / PORTFOLIO on Vimeo.



... e já agora. Seja bem aparecido grande Bajolo!


Bons Tubos

domingo, 13 de novembro de 2011

World Tour - Pierre in.

Calhou-me em sorte estar por Londres durante a etapa em Puerto Rico e só umas mensagens amigas me iam informando do score. E ao final do dia, num iPad alheio, lá se procuravam as novidades. Na verdadeira Capital do Mundo, encontrei uma Riptide** e acompanhei a carnificina do PLC. "O puto é o maior", dizia uma das sms.

A julgar pelos resumos, o Pierre decidiu regressar ao jogo. Numa etapa em que os manos Hubbard apareceram na máxima força e em que o Rawlins voltou a brilhar, a máquina francesa decidiu oferecer um Duelo de final de época. Venha El Frónton.






Bons Tubos

domingo, 6 de novembro de 2011

Pergunta:

Uma pergunta: A presença do Manuel Centeno na Figueira da Foz quer dizer que desistiu de tentar continuar entre os graúdos do Bodyboard?

Bons Tubos

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Nota 10

News Flash

Parece que em Puerto Rico o primeiro DEZ a sair foi para a nossa Rita Pires.

Bons Tubos

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Um ano sem Irons

Faz hoje um ano que desapareceu um dos gajos que eu mais gostava de ver surfar. O único gajo da história que mostrou, na água, que o melhor de todos os tempos também podia ser derrotado, o único que fez com que Slater surfasse com medo. Muito respeito à memória de Andy Irons.




Bons Tubos

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Uma coisa que sei

Estou longe de ser o maior perito em Bodyboard que conheço, mas sei mais disto que muitos dos que escrevem por ai e por ali e ando de boogie há mais anos que a maioria dos ocupantes dos line ups nacionais. Mas a isso, acho, chama-se idade e uma paixão absurda por ondas.

Posto isto, confesso que li um texto no Inside BB que me deixou irritado. Tal como todos os outros agarrados às esponjinhas, gostei tanto do adiamento do Special Edition como do Orçamento de Estado que o Passos no preparou, mas diz a organização que durante o período de espera não apareceu a ondulação pretendida. Duvidamos?

Desde 2003 que o Special Edition é organizado por carolice e desde essa altura que a sua vitória é o título mais importante do bodyboard nacional. Começou com os melhores cá da terra e oito anos depois esperam-se os melhores do Mundo. Começou com os organizadores a lutarem para terem os maiores das suas praias disponíveis durante o período de espera e este ano a polémica foi com os que queriam entrar e não tiveram vaga. Começou com uma vitória do Paulinho, no ano passado ganhou o Mike Stewart e para o ano ganhará o HUBBARD (ok, sou suspeito!). Por ali, consta, ganhou-se a maior distinção internacional da história da fotografia desportiva nacional.

Ao contrário de quase tudo o resto, o Special Edition nunca parou de evoluir. E, chegamos à minha dúvida, o que ganhamos nós, boogies, em lançar suspeitas sobre a melhor organização do desporto nacional? Há uma coisa que sei. Se tudo evoluísse como o Special Edition, não estaríamos neste estado. Nem na água, nem na banca nem na internet.

Para os esquecidos.



Bons Tubos

domingo, 30 de outubro de 2011

World Tour - Last Call

As contas foram feitas pelo Ryan Hardy e já confirmadas pela IBA. Um aperitivo perfeito para quem já começa a desesperar por outra etapa...

A duas provas do fim, há um rapaz que tem a faca e o queijo na mão para se tornar no terceiro bodyboarder com mais títulos mundiais. Será a conquista de um lugar na história motivação suficiente para vermos o melhor que o Jeff Hubbard tem para oferecer? Uma inevitabilidade? Espero que sim e estando o "melhor" Hubb na água há duas garantias: bodyboard de luxo e um título no bolso.

Mas enquanto os nossos irmãos bípedes bocejam com mais um título do careca, nós por cá temos uma mão cheia de atletas que ainda podem agarrar o caneco. Com um louvável esforço aritmético - finalmente alguém o fez! - o Ryan Hardy diz que são 12 "contenders". Eu vejo bem menos.

Chamem-lhe a lei da vida, a sobrevivência do mais apto, o que quiserem... O havaiano está para ganhar e neste campeonato duvido que alguém o queira encontrar antes da final. Assim sendo, e controlando as 'figas', vamos partir do pressuposto que o Hubb não acaba abaixo de quinto. Se assim for, o Hardy pode ficar em terceiro. Na prática, para ficar na corrida, Mr Cool tem de vencer e esperar um tropeção do senhor voador.

Mas há mais a quem uma vitória pode abrir a porta a uma final "mundial" em El Frónton. Amaury, Winchester, Tâmega, McCharty e PLC. Todos em posição de virar o jogo. Impossível? Não para Et's.

O Amaury tem o surf mais competitivo quem conheço. Expoente máximo da escola europeia, encaixa inverts nota dez como ninguém e, a responder por campeão, se for provocado não é fácil de controlar. Mas e Tâmega? Com seis épocas fechadas em segundo, melhor que ninguém sabe como a posição é ingrata e a história é mesmo o seu único adversário: sete títulos mundiais para um brasileiro? Já estou a imaginar os títulos da Le Boogie e da Rip Tide: "Grand Slam Tour arranca dentro de dois meses", "Será que El Frónton tem qualidade para a IBA?"

Mas e os outros? Olho para Winchester, McCharty e PLC como favoritos na conquista do próximo caneco e todos parecem estar apenas a adiar o arranque da colecção de vitórias. Resta-nos esperar que decidam começar já a vencer. Nós (quase) pagaríamos para ver ...

Esta é mesmo a Last Call para o título de campeão. Continuarei com o dinheiro apostado no 'cavalo' de sempre. Mas com pena que o Player se esteja a borrifar - parece que ia passar umas semanas sem surfar ... -, pouco crente que o GT consiga voltar a derrotar o Mundo outra vez e a achar demasiado "verdes" tanto o McCharty como o PLC, ainda vejo três "contenders" - Hardy, Winchester e o Amaury. Mas todos, havaiano incluído, têm de se lembrar de que há um ponto em que todos estão de acordo: cuidado com o dia em que o PLC decidir acordar. E se for já?

PIERRE-LOUIS COSTES // SOUTH AMERICA from NΛPCO on Vimeo.




Fecho com um desabafo. Este fim-de-semana vi ondas perfeitas, vi a tropa a aproveitá-las e ... vi tudo da margem. Não me arrependo nada - a vida não são só ondas - mas FODA-SE!

Bons Tubos

terça-feira, 25 de outubro de 2011

World Tour - Os momentos: "minha nossa senhora!".

Não há campeonato sem momentos "Minha nossa senhora!". Seja um ensaio da França contra Nova Zelândia na final de um Mundial de Rugby, seja um golo de cabeça do Zidane ou um backflip do Ben Player. Momentos em que se grita, em que uns celebram e outro lamentam. Momentos que ficam na memória e a quem ninguém fica indiferente. Em que até os não católicos gritam: "Minha nossa senhora!"

Uma dose d'eles.



Transversais como se quer não faltaram "momentos minha nossa sehora" na visita do Dream Tour em Peniche. E os resumos diários do Rip Curl Pro lançaram a polémica entre os nossos com revistas e atletas a deixar a pergunta: se há ondas assim em Peniche, o que fomos fazer para Sintra em Agosto?

Excluindo os engraçadinhos da Le Boogie - esses talvez tivessem lata para o fazer - ninguém discute que a Etapa de Sintra e os seus organizadores merecem ser tratados com reverência pela IBA. Chama-se reconhecimento e só fica bem a quem durante anos teve em Portugal a única paragem estável fora das ilhas.

Mas o nosso querido Bodyboard evoluiu. Com o Mundo a falir, demos o salto e agora queremos profissionalismo, dos juízes, da organização e dos atletas. Queremos boas transmissões e até aceitamos consumir publicidade, mas precisamos de momentos "Minha nossa senhora". Os júris, dizem, estão dispostos a premiar o empenho.



Faltam momentos "Minha nossa senhora" à etapa de Sintra? Faltam, mas há tudo o resto. Organização, exposição mediática, prize money e até uma posição central entre etapas. É certo que não podia estar mais de acordo com as vedetas que começam a exigir surfar as ondas de luxo que temos por cá, mas não percebo a discussão. Não estando os organizadores da etapa Grande dispostos a dar um 'toque' no calendário, o que impede a FPS de começar a tentar organizar uma etapa do GSS mais a Oeste e noutra altura do ano? E se ajudassem os organizadores, por exemplo, do Special Edition a subir a parada?

Nunca como agora, o Mundo precisa de momentos "Minha nossa senhora". Na banca, em São Bento, na água e nas mesas dos gabinetes dos organizadores. Uma coisa dispensamos: piadas de australianos.


Bons Tubos

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um luxo

Foi a etapa do Mundial mais rápida que me lembro de assistir. Três dias, ondas de luxo e os melhores do Mundo prontos para coleccionar notas Dez. Um banquete para quem gosta de ver surfar como mandam os deuses.

E quanto a isso não percebo qualquer preconceito. Um luxo.


Bons Tubos

Não digo mais nada



Vindo do facebook ...

"le BOOGIE magazine
This is happening right now at the Rip Curl Pro, Portugal. Did the IBA World Tour go to the wrong beach?"

e entre os comentários ...

"Jarrod Gibson: that place is bloody amazing! and is pretty much run by bodyboarders. yaaaay bodyboarding"


Está dito.

Bons Tubos

domingo, 16 de outubro de 2011

Special Edition I - Dúvidas.

Dúvidas a propósito de quem ganha o Special Edition ...

A primeira: o PLC já conta como d'A casa?

Em 2007, era ele bebé, e da areia já o PLC me parecia de outra "liga". Como se já fosse membro de um clube onde só cabem quatro ou cinco, o puto francês mostrou-se às centenas na areia e desde esse dia que sei que num dia bom o PLC pode derrotar qualquer bodyboarder.

A segunda: se os nossos surfam assim ...



... como surfará o havaiano que foi criado na esquerda onde todos sonham ir prestar provas? Num Special Editon, fala-se de rampas gigantes, junções pesadas e tubos monstros. Ora se o Hubbard cresceu numa fábrica de tubos comuna e fez vida a elevar, literalmente, o bodyboard a alturas nunca sobrevoadas, estou convencido que podemos estar a dias de ver história.

Última dúvida. Nenhum dos nossos quer fazer de Alex Uranga?


alex uranga mexico by 4per4.wordpress.com from MARTIN on Vimeo.





PS. O Dream Tour está em Peniche e não é segredo que o acho a melhor competição desportiva do Mundo. Atletas, estrutura e nível de produto - seja na transmissão, seja na qualidade absurda da maioria dos atletas - fazem de ver uma transmissão do mundial de surf um verdadeiro prazer para quem gosta de desporto e, ainda mais, para quem gosta de ondas. O Saca voltou a desiludir, mas vi algo muito, muito raro - o Kelly Slater a olhar para a água preocupado. Estava o Gabriel Medina a surfar. Muito e, evidentemente, esfomeado.



Bons Tubos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O melhor Special Edition da História?

Ora as ondas até podem não ser como as de 2007, mas nesta altura parece-me garantido que este será o melhor Special Edition da história.

Além do Pierre Louis Costes, acabam de ser confirmados um bicho de ondas grandes, Duda Pedra, o campeão do Mundo em título, Amaury Lavernhe, e o melhor bodyboarder do Mundo, Jeff Hubbard.



A orgia pode começar ...

Bons Tubos

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Os Escolhidos

Já todos reparámos neles. Os melhores, no pico não se dá por eles. E é quando descolam que se tornam no centro das atenções.

Os piores acertam no lip. Os médios mandam uns rollos. Depois há quem voe baixinho e quem já mande uns ARS bem mandados Não confundir com os embrulhanços a que se começam a chamar por chamar ARS... Depois aparecem os outros, os que em pleno ar ganham balanço. A raça em que se encaixam reverses em invertidos. Os Escolhidos.

No passeio pelo Palavras, encontrei um video inacreditável. Nem vale a pena comentar A Onda. Os adjectivos são curtos para a descrever e nesta altura já vale a pena perder tempo. É o que é.

Já disse que o vídeo é inacreditável? Depois de um deboche em super slow motion, os anónimos exibem-se numa versão encolhida d'A Onda. E o espectáculo é igualmente arrasador. Todos, sem excepção, da raça escolhida. Todos capazes de aterrar as mais inacreditáveis manobras com uma suavidade inacreditável e sempre com uns bons metros de altura entre a zona de exibição e o ponto de aterragem.





Bons Tubos

Stone

O vídeo do último dia do Nissan Reunion Pro. Ora reparem aos 2.30 e digam-me lá se aquele surf todo no pocket não tresanda a King? Os mais novos sabem escolher ...



Venha o Special Edition!

Bons Tubos

domingo, 9 de outubro de 2011

Orgulho boogie.

Ao contrário dos Pais ou dos Avós, nós tivemos direito a escola, pão, povo e liberdade. E foram 16 anos de escola. "O que queres ser quando fores grande?" À pergunta a que muitos dos nossos pais teriam respondido "livre", nós já escolhíamos as profissões. Médico, engenheiro, arquitecto, publicitário, jornalista, astronauta, bailarino ou gestor de fundos... as opções estavam todas à nossa mercê. Soubesse eu o que sei hoje, teria respondido: Não quero um país falido. Muito menos quero um Mundo falido.

Já estivemos sozinhos no clube dos sem cheta. Era menos mau. Os ricos, bem comportados, compravam-nos autoestradas, construíam-nos centros comerciais e até nos ofereciam empregos. Mas desta vez, é mesmo o Mundo quem está fodido. Pela primeira vez nem os países ricos têm dinheiro. Esse está nas mãos dos privados que durante anos andaram a alimentar. Esse está com quem continua a facturar. E nós? Arquitectos, engenheiros publicitários ou atletas, não só crescemos a ouvir "isto está mal" como agora era o discurso mudou para "nunca esteve pior".

Ainda assim, há quem sobreviva e até quem consiga crescer. Sejam os rapazes que fazem iPads, os que vendem "redes sociais" ou os que têm eólicas, há gente a prosperar. Entre os sobreviventes está o nosso estimado desporto. Nunca como hoje os atletas apresentam trabalho - sejam vídeos, fotos, pranchas ou idas a campeonatos - e nunca como hoje existiu uma organização minimamente funcional. Hoje, vemos os mais novos aussies a dar os primeiros passos, vemos os nossos craques a treinar, seguimos os graúdos "live" e até já há alguns que fazem dinheiro a competir. Um luxo de fazer inveja a muitos engenheiros, arquitectos, operadores de telemarketing ou taxista.

Há mais de quinze a ouvir o discurso da crise e sempre com pés-de-pato por perto, não deixo de ter orgulho em ver que o meu desporto está a conseguir crescer no meio de uma falência global. O caminho ainda será longo, não poderão contar com ajudas externas e ninguém acredita que o cenário melhore, mas cheira-me que é desta que o Bodyboard se faz Crescido.

Nasceu de uma prancha partida, sempre foi alvo de preconceitos, mas nunca perdeu os praticantes dedicados, o reduzido índice de wanna bes. O saldo bancário nunca disse outra coisa que não: Falido. Será esse o segredo? Agora que o Mundo partilha o crónico 'status' económico do Bodyboard, a vantagem fica do lado de quem, no campeonato dos falidos, joga em casa.


Basta olhar para o Grand Slam para ver que no Bodyboard estão a conseguir aproveitar a vantagem de há muito saberem como se sobrevive em falência técnica. E nós por cá? Ainda andamos a votar nos Jardins dessas vidas ... Dá orgulho em ser boogie.



Bons Tubos

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

World Tour - The underdog

É giro falhar previsões. Mais giro ainda é ver um coroado um daqueles underdogs em que ninguém apostaria. Vindo do País Basco, a cumprir um ano de trials, mas já com lugar reservado entre os melhores no próximo ano, Alex Uranga foi Herói nas Ilhas Reunião. Primeiro, limpou a qualificação, depois, mesmo com uma clavícula deslocada e com a cara esmurrada pelas pedras que forram o fundo do pico, com a sua Sniper mandou para casa GT, Novy, Winny e, a dois minutos do fim, o miúdo Stone.
História de gata borralheira tornada cinderela? Certamente. São estas que nos fazem acreditar. Fazem-nos acreditar que Entrudo, Centeno e Pinheiro ainda podem reservar o lugar para a próxima temporada, fazem-nos acreditar que um dia veremos um português a vencer uma etapa do GSS e fazem-me acreditar que um dia vou mesmo acertar um daqueles air reverse que tantos e tantos sacam com uma facilidade quase ofensiva.

Apesar do falhanço, arrisco outra previsão. Chegaram aos quartos-de-final cientes que os quatro primeiros já estavam fora, sabiam que seria impossível ter uma melhor oportunidade para ganhar pontos e relançar a corrida pelo título. Falharam os dois. Arrisco que o Pierre Louis Costes e o Amaury Lavernhe saíram hoje da corrida pelo título mundial.

Deixo-vos com uma novidade.




Bons Tubos

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A vida não é só bodyboard - Os Olga

Vivemos no cú do mundo. Entres os ricos, os mais pobres. Uma posição fodida para se estar. Nem suficientemente miseráveis para ter direito às ajudas humanitárias, nem suficientemente remediados para pagar a edp ao preço da Suiça. Como disse, uma posição tramada para se estar.
em
Ainda assim...

Gosto muito aqui do estaminé. Ainda que com uma boa percentagem de atrasados mentais, isto é sítio de malta rija, boa gente e sempre capaz de surpreender. Na arquitectura, na música, no desporto ou na ciência, volta não volta lá aparece um português a brilhar. Gosto. E a terra é perfeita. Praia Grande, Sesimbra, Ericeira, Guincho ou Peniche. Tudo a menos de duas horas de carro. Um luxo que acabamos por pagar.

É bom quando somos surpreendidos pela qualidade de um dos nossos. Seja em que área for ...



Bons Tubos

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Clash of titans

Com um grande obrigado ao Nuno, aqui está o Super Heat.



Parece que amanhã se disputam os heats decisivos. As minhas apostas estão feitas, mas não posso deixar de assinalar a vitória do Damian King em DK. Sem vergonha, assumiu a felicidade sentida quando viu o Dave Hubbard ser eliminado e por estar de regresso ao círculo dos vencedores. A duas provas do fim, King é provavelmente a maior surpresa entre os atletas com a qualificação em risco no tour do próximo ano. Daqui, fico a fazer figas que esta vitória sirva para despertar um "monstro". Seja por serem dele os melhores comentários nos webcasts, pela boa disposição com que encara o dia-a-dia ou por ser bi-campeão do Mundo, perder o "Joker" seria um enorme rombo.

GO KING!




Bons Tubos

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

World Tour - Super Heat

Hoje de manhã, sentado à espera que os senhores da EPAL me recebessem os euros de mais uma factura em atraso, visitei o facebook. Dizia a IBA que o Hubbard e o Player se iam enfrentar dentro de minutos. Feliz, ou infelizmente, passado o "dentro de minutos" estava sentado no mesmo lugar. À espera. Voltei ao facebook. Tinha ganho o Player. Dizia a IBA que com um backflip a 20 segundos do final. Alguns falavam em dualidade de critérios, outros celebravam e ainda havia quem, como eu, lamentasse. Pessoalmente, lamentava mais o facto de não ter assistido "live" que o resultado propriamente dito.

Este é o ano em que o Hubbard tem de completar o hat trick. A época em que a conversa dos "aussies" é finalmente enfiada no saco. Será no ano de estreia dos verdadeiros "Grand Slam" que o Hubbard se senta no pódio com os outros dois que conseguiram mais que três títulos mundiais (Curiosamente, nenhum australiano). Sintra foi "carta fora do baralho", mas hoje o havaiano não devia ter perdido. Bem feitas as contas, perdeu para um backflip do Player a 20 segundos do final do heat. Alguém o pode culpar? Parece que foi vítima da maldade com que no arranque do ano, em casa, despachou o puto Rigby. Karma? Ou, bem pior para as contas, será que o Player acordou?


Um duelo inédito e resolvido um backflip do Player, um "finish him" no Hubbard em ano de luta pelo título? São duas da manhã, fartei-me de fazer visitas ao site e nada. Não encontro revista, marca ou atleta que tenha um video do dia. Cá por fora, com os organizadores à cabeça, alguém se devia aperceber que estamos no século XXI, a era das novas tecnologias. Na água, há muito que os heróis entraram.

ONDE ESTÁ O VIDEO DO SUPER HEAT?

Esperem ... a IBA actualizou os vídeos.



Na água? Arrisco uns palpites. Ainda não é este ano que o Novy ganha uma etapa, mas o Uranga, o Stone e o Florentin não estão muito melhor. Diria que serão vitimas colaterais. Winny, PLC, Player e o campeão Amaury. Quem ganha?

Dando Winny Vs Uranga ou Novy nas meias. Parece-me certo que o "pai mais cool do Mundo" está na final. E a outra? Amaury Vs Player? Ou é desta que o PLC entra no Mundial? Bonito era. E o Player? Ainda ninguém me mostrou o "finish him" que deu no Hubbard, e está longe de ter feito um caminho regular até aqui. Perdeu com o Winny e com o Tâmega, mas de repente limpou o Hardy e, já no "mano a mano", o havaiano. Acordou e traz o caneco?

ALGUÉM QUE ME MOSTRE O FILME DO SUPER HEAT!!!!

Bons Tubos

domingo, 2 de outubro de 2011

Campeões

Parece que ganhámos o Campeonato Europeu de Surf pela terceira vez em seis anos. Sendo sempre bonito limpar franceses e espanhóis, não sei quanto vale o caneco. Um resultado que há anos os nossos conquistam e que os louros são entregues aos rapazes das quilhas. Um resultado que não vejo capaz de fazer carreiras ou de dar estatuto quando o heat a ganhar for em Pipe. Ainda assim, um resultado que gostei de ver os nossos conseguir. O Centeno, o Pinheiro e a Catarina Sousa merecem.

Mas está a decorrer uma etapa de Grand Slam... Por imperativo de patrocinadores, de estratégia competitiva ou moral, a verdade é que tanto o Centeno como o Pinheiro voaram rumo à Irlanda. Boa ou má estratégia, só futuro dirá. Agora, todos os olhos se voltam para as Ilhas Reunião.

O senhor da casa já empochou um 10 - consta que foi de Invert - mas está atrás do PLC, do Winny e do Houston. A precisar de vencer estão o Hubbard, o GT, o McCharty e, desesperadamente, o Player. Entretanto, o nosso Entrudo, fez dois 4º. No topo, ou um pouco mais cá em baixo, uma classificação muito perigosa a duas etapas do fim.

Entre nós, ainda vivemos em sistemas experimental. Porque não dão os títulos europeus acesso ao Grand Slam? Porque não simplificar as contas? E regular os wild cards? Os nossos primos, aqueles que eu há muito sugiro como exemplo, vivem outros problemas. Entre eles, o problema é que quem investe não tem as ondas no topo da lista de prioridades e pela ASP ouvem-se gritos a pedir mudanças. "Tenis wannabes"

Uma entrevista com huevos

Bobby Martinez- Speaking His Mind from FTW on Vimeo.




São mau exemplo? Tal como todos os outros modelos de competição, tem virtudes e defeitos, mas estão milhas na escala evolutiva. Podemos aproveitar o caminho para ir aprendendo em vez de copiar sem critério.

Mais uma semelhança? Tanto lá como nós por cá andamos a lutar para nos mantermos entre os melhores. Mas, estranhamente, este ano é o Saca quem tem a melhor época. Nós por cá, ainda andamos às apalpadelas.

Bons Tubos

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Batatagate

Ao que sei o Special Edition nunca foi um campeonato normal. Os organizadores sempre assumiram que os atletas eram convidados e que o objectivo era ter os melhores em condições perfeitas.

Nunca estive totalmente de acordo com o lema. Perfeição vejo nos Supertubos ou na Ericeira e na Nazaré, sobretudo em Novembro, o que quero são mais edições como a de 2007 - bravos na água e ondas como nenhuma outra praia nacional oferece. Os organizadores nunca me deram ouvidos, mas nem por isso eu deixei de lhes agradecer a carolice de montarem o melhor campeonato de bodyboard alguma vez organizado em Portugal. Mas secretamente, continuo a fazer figas para que no dia escolhido o 'canhão' lhes estrague - entenda-se, supere - as expectativas...

Mas o campeonato tornou-se demasiado grande e se há uns anos o desafio era convencer os participantes a estarem disponíveis durante todo o período de espera, agora não há quem não queira mostrar os seus dotes nos canudos nazarenos. Mas e quem entra? Aqui aparece a primeira novidade do ano: a polémica.

Entre os escolhidos, estou certo que não faltarão representantes da raça d'"Os melhores do Mundo" e também não faltará a Elite nacional. Mas quem decide o que é a Elite?

Acho que o currículo devia justificar a reserva de um lugar. Campeão nacional em título? In. Tropa do Mundial? In. Tens provas dadas em ondas grandes? In. Reclamas para ti algumas das melhores sessões na praia? In. És puto e promissor? In.

E o Batata? Sou pouco mais novo que o homem da polémica do momento. Lembro-me de o ver no topo, de ver fotos perfeitas nas velhas revistas de Bodyboard e de o ver elevar o nível de uma arte de que sou fã: o DK. Ao contrário de alguns dos convocados, o homem de Carcavelos tem algo de que também sou apreciador: um estilo inacreditavelmente cool. Sou fã.

Se acho que merecia um lugar no Special Edition? Tenho sérias dúvidas. Nada disto lhe rouba o lugar na (curta) história do nosso desporto, mas da velha guarda, há currículos melhores e o Batata nem nunca foi conhecido por se bater em mar gigante. Além disso, vejo poucos dispensáveis entre os convocados. Quero ver se o Francisco Pinheiro, o Fifi ou o Jaime Jesus são capazes de se afirmar, o Magoito tem um curso em 'monstros', o Rui Ferreira e o Pitaça não têm parado, o Faustino e o Porkito são donos da casa e Dino Carmo e António Cardoso estão lá para roubar a escritura. Saía o Centeno, o Entrudo ou o campeão nacional? Aceito a discussão de dois nomes: confesso que não sei o que surfa o João Pinheiro ou o ritmo do Paulo Costa. Mas um é puto e o outro, além de lhe devermos muito, foi (pelo menos para mim) o melhor da sua geração. Se chamava alguém? Dos ET's, ainda não perdi a esperança de por lá ver um dos campeões do século XXI. E dos nossos, acho que independentemente do tamanho do mar o Silvano Lourenço seria sempre uma garantia de bom bodyboard. Merecia um lugar? Não sei.

Da mesma forma que no Mundial da Praia Grande não percebi a escolha do Gonçalo Faria para wild card, não me choca a ausência de Batata da lista de convocados. Estão errados os organizadores? Os trials são a dois de Outubro.

A minha dúvida é outra. Onde anda o Hugo Pinheiro?

Bodyboard Nazaré Special Edition 09 from BOA ONDA on Vimeo.




Bons Tubos

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

World Tour - Não há três sem quatro?

Diz o calendário da IBA que faltam quatro Grand Slams para o fim da época. O Grand Finale está marcado para as Canárias. E o próximo festim está prestes a começar. Ilha da Reunião, casa do actual campeão do Mundo. Prometem-nos ondas mais pequenas, mas mais rápidas. E se o risco de morrer debaixo de um lip capaz de partir pranchas ou encrustado numa pedra impiedosa não fará parte da ementa, parece que por ali há tubarões. E são dos que comem.

Na frente, Hubbard com duas vitórias. Em segundo, a 900 pontos de distância, um renascido Tâmega. Dois monstros. Pelo currículo, pelo nível de surf ou pela apetência para ganhar heats, já todos temiam Jeff Hubbard. Mas ninguém contava com uma "máquina" a tentar dar-me razão quando digo que o Guilherme Tâmega é o melhor bodyboarder de todos os tempos, nem com um puto sul africano "senhor" de um surf inacreditável. Duas cartas tão fora do baralho como nocivas paras as "mãos" de quem contava andar na frente.

Acho o McCharty demasiado "fresco" para chegar ao Caneco final, mas logo depois, e a pouco mais de mil pontos de distância, estão dois bons rapazes. Um, tem um surf universalmente invejado e é dono de um talento com lugar garantido na história. Além disso, convém não esquecer que este ano Ryan Hardy já mostrou que está para ganhar e, se o 'click' mágico se voltar a dar, o melhor é que os da frente refaçam as contas. Depois, Amaury Lavernhe. É certo que o primeiro europeu campeão do Mundo já está a 1400 pontos do topo e que a forma nem tido sido a melhor, mas o "efeito" de uma conquista em casa não deve ser menosprezado.

Numa de futurologia, apostaria no GT, mas o próprio aponta para Hubbard ou Amaury como favoritos. A escolha não é fácil. Uma terceira vitória, arrisco, garantiria o "hat trick havaiano" e tanto Hardy como Amaury sabem que é na Reunião a última paragem da camioneta do Caneco. Depois convém não esquecer a regra: para poupar dinheiro, nunca apostar em campeonatos de bodyboard sem contar com o Tâmega. Sobretudo quando avisa: "Gosto tanto da Ilha da Reunião que venci os três campeonatos que lá fiz". Não há três sem quatro.




PS. É certo que não há webcasts, mas parece-me que o bodyboard nacional está bem melhor que o país. Temos uma etapa no Grand Slam, um campeonato nacional organizado e com direito a informações em tempo real - Frase para t-shirt: QUERO UM WEBCAST E UM COMENTADOR SÓBRIO - e ainda um Special Edition no horizonte. Daqui vai um obrigado para quem por cá anda a empurrar a nossa camioneta para a frente.


Bons Tubos

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O Mundo não é só Bodyboard

Porque a vida não são só ondas.




Bons Tubos

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Carrega!

Pelos mais variados motivos não segui como devia o campeonato em Ferrol. Não encontrei o webcast e notícias à mão de semear só mesmo no Palavras com Sal. Ainda assim, e mesmo estando um bocado irritado, também pelos mais variados motivos, venho aqui dizer duas coisas.

1 - Carrega Pinheiro!!!!!!!!!

2 - E se a tropa tuga no Mundial se deixasse de engonhar no Mundial da IBA e começasse a mostrar o que realmente vale?

Bons Tubos

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Ups & Downs

... até sei que não vou fazer amigos com isto. Aqui vai a minha versão dos originais Power Rankings.

Ups

1 - Jeff Hubbard
No ano em que o desporto evoluiu, lidera, surpreende e não tem facilitado. No final, mesmo que não leve o caneco, terá a certeza de que a primeira metade do ano lhe pertenceu.

2 - Guilherme Tâmega

Está mais perto dos entas que dos vinte e tem o melhor currículo da história do nosso desporto. No ano passado ameaçou e este ano volta a estar na luta. O que raio faz correr a "máquina"?

3 - Dave Winchester
Começou o ano como só mais um dos aussies - outro dos que colam demasiados autocolantes e ganham poucos heats. Mas está a sair da casca. Além de ser um bicho 'cool', parece-me ter um toque da linha do Hardy e uma bela dose da elasticidade do Player. Garantido, é que já mostrou ao que vem. Prone ou DK, o Winny está no jogo. Eu, agradeço.

Two Days With Winny from Michael Jennings on Vimeo.




4 - Mark McCharty
A história do sul africano é simples. No início do ano era visto como promissor, agora é visto como ameaça e capaz de ganhar qualquer heat. Falta vencer uma etapa do GSS, mas a promoção já ninguém lhe tira.


5 - Ryan Hardy
Ganhou onde o estatuto o obrigava a fazê-lo, mas nem é esse o principal trunfo que o homem d'"A Linha" tem. Quando o mundo se junta para aplaudir um bottom turn, quando é unânime em apontar para o bodyboarder com o estilo mais bonito do circuito e quando o próprio começa (finalmente) a ganhar pontos o melhor é que os outros se preparem.


Downs

1 - Andre Botha
Não quero saber se é vinho, charros ou pior. Não quero saber se é loucura, mau feitio ou um sentimento de superioridade quanto aos competidores. Não quero saber. O que me interessa é que um dos mais talentosos bodyboarders que vi surfar, um dos raros que nem nunca chegou a ser promessa - antes que alguém desse por isso era bi-campeão do Mundo - anda a perder tempo. Para os mais novos, os que não o viram em acção, fica a certeza - andamos a perder a oportunidade de ver um monstro sagrado do boogie e isso irrita.

2 - Damian King
Dois títulos mundiais e zero brilharetes nas duas edições do Mundial a que assumiu regressar para vencer. Como é que o dono de um free surf único - ver os dois bellys para tubo num dos mais recentes podcasts - e de um conhecimento do desporto próprio da elite - ouvir os comentários nas provas IBA - se dá tão mal nos heats? Dois 4ª lugares em Sintra? Fica uma mensagem: ACORDA!!

3 - Sintra
Tenho fotos do Gonçalo Faria a dropar bombas e a conseguir resultados em Pipe com que hoje só podemos sonhar em ver um português atingir. Mas será que em 2011 não haveria um atleta melhor preparado e mais capaz a quem entregar um wildcard? Mas além dos critérios estranhos da distribuição do bilhetinho mágico, as ondas moles de toda a etapa tornaram a nossa etapa na mais desinteressante até ao momento. Um problema de, com disse o HM, "overdose das etapas anteriores" ou mau planeamento?


Bons Tubos

World Tour - PAUSA

Ando há dias a ganhar balanço para comentar a etapa de Sintra. Ando há dias a controlar a vontade de dizer que a tropa tuga voltou a desiludir (em 2011, não haveria melhor que o Gonçalo Faria para entregar um wildcard?), mas que para compensar o Centeno mostrou finalmente até onde pode chegar. Ando há dias a ganhar balanço.

Ontem, vi e revi os resumos das etapas do Tour. Ondas de luxo e heats tão inacreditáveis como o nível de bodyboard, e porque não de loucura, apresentado na água. Aconteça o que acontecer, o Hubb a desfazer o puto Rigby, o GT a matar o Amaury ou a tranquilidade do Hardy na Box, são momentos e imagens que ninguém esquecerá. Mas depois chegamos a Sintra e tudo entra em Pausa.

Os candidatos não compareceram e, posso estar mal habituado, as ondas não ajudaram e as constatações parecem-me óbvias: os australianos vieram desconcentrados, os brasileiros surfam muito - o Uri é extraterrestre e para o perceber basta arrumar preconceitos saloios - e o Hubbard está muito bem colocado para limpar o título número três. Peço-vos que descontem o facto de eu ser fã do havaiano, mas sigam-me: está a surfar a um nível absurdo, está moralizado, foi o último dos candidatos a cair na "moleza" de Sintra e ainda tem a derradeira vantagem: o campeonato acaba em El Frónton, uma esquerda tubular, grande, agressiva onde no ano passado limpou tudo e todos e que terá um cheiro a casa... A maior ameaça? Parece um regresso ao passado, mas basta olhar para a classificação para ver que este ano não vai ser fácil 'matar' GT.

Agora, que o nosso "Dream Tour" vai sair da PAUSA em que entrou em Sintra, deixo uma dúvida: teremos mais um ano em que a potência australiana terá de arranjar desculpas para não levar o caneco? Já sei ... as ondas do Tour não prestam.


Cocas

sábado, 27 de agosto de 2011

Sintra Pro, As grandes melhorias

Duas grandes melhorias no Sintra Pro.

A primeira é um site com conteúdos interessantes e com a divulgação dos resultados em directo. Um feito inédito. A segunda grande novidade? Este ano temos comentadores em vez do tradicional desafio que era suportar os lugares comuns, com a pronúncia e os tiques forçados dignos de um rastafari de Sacavém.

Na água? Três heats, três vitórias e já está a descansar para o dia da final. Tresanda a vitória havaiana. Carrega Hubbard!!!!


Bons Tubos

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dedo na ferida




Quanto ao nível do Bodyboard nacional, hoje acabaram as ilusões. Nem em "casa", um português conseguiu passar os trials.


Bons ... treinos.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Number 3

O Player estava a surfar tudo, mas não aguentou o Rawlins em monstros. O Ryan Hardy queria voltar a ganhar e derrotou o "monstro" GT para chegar à final. E o Pierre Louis Costes só cedeu nas meias. O que lhes faltou? Rigorosamente nada. Mostraram vontade, garra, talento, técnica e um valente par de, pardon my french, tomates. O problema é que no campeonato estava um ET, capaz das manobras mais altas e de enfrentar, como se nada fosse, os lips mais grossos.



Depois de Pipe, agora o melhor bodyboarder do Mundo venceu em Puerto e passou para a frente do ranking. Será que depois do Amaury, será em Sintra que o Jeff Hubbard garante o Lucky Number 3. Estarei na areia a fazer figas.

Bons Tubos

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Liga das Ondas Extraordinárias

Éramos os melhores do Mundo. Tínhamos as melhores ondas, os melhores riders e poucas eram as comunidades nacionais tão organizadas como nós. Agora, discute-se a saída dos poucos portugueses no Mundial da IBA e um dos argumentos é, para meu espanto, a falta de ondas.

Com alguma razão? Talvez.

Pipe, Box, Arica, Puerto, não são decididamente comparáveis às ondas do Barbas, mas vão mesmo tentar convencer-me que nos faltam ondas? Na costa mais ocidental da Europa e expostos às simpáticas ondulações atlânticas, nós não temos ondas. É certo que não teremos a regularidade de swell de australianos e havaianos, mas em dias bons Carcavelos e os Supertubos não podem ser belos ginásios para Pipe ou Puerto? E o Reef ou a Pedra Branca não servem de warm up para os picos de pedra? Então e a Peralta, também não serve? E a Praia do Norte? E as "meninas" dos Açores?

A mim, longe de ser um expert em ondas da Liga das ondas GSS, parece-me que temos de tudo: areia, pedra, pequenas, médias e anormalmente grandes. Temos ondas rápidas, regulares ou imprevisíveis.

Além de uma das etapas do Mundial e de estarmos mais próximos de El Frontón que qualquer australiano ou brasileiro, à disposição ainda temos ondas tão diferentes como as da Cova do Vapor e a Cave. Vão mesmo tentar convencer-me que temos falta de ondas?

O luxo até pode ser efémero, mas nesta altura já não há quem duvide do salto evolutivo que o bodyboard deu e basta olhar para a folha dos heats dos 16avos em Puerto para ver que agora só joga a verdadeira elite. E não há quem jogue a brincar. Diria que é na sabedoria popular que se encontra a resposta: "Quem pode, pode. Quem não pode, arreia."

Nota: Ao que sei, o Pierre Louis Costes está a viver no Barreiro. Enlouqueceu? Desistiu de ser campeão do Mundo? Estará a surfar pior por isso? Não me parece nada, e a verdade é que o wonderkid francês continua entre as bestas sagradas.



Bons Tubos

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Banhada de fair play.

E de repente, numa passagem pelo Palavras de Sal (desculpem mas continuo sem conseguir meter links nisto) vejo que o Gastão Entrudo acaba de dar uma banhada de fair play. O direito à crítica é próprio dos países livres, mas raramente os visados têm poder de encaixe suficiente para o aceitar. Nesse campeonato o Gastão acaba de conseguir um brilharete. Fossem todos os atletas assim ...

"Quero só deixar aqui um breve resumo sobre a minha prestação no Mexico, em primeiro sobre os meus dois heats, penso que no 1o heat não estive ao meu nível, não me encontrei com as ondas, as condições estavam muito difíceis, eram poucas as ondas que davam para pontuar, mas sinto que podia ter feito melhor, já no 2o heat a historia foi diferente, aos 4 minutos de heat apanhei uma boa direita onde deu para fazer um bom tubo e sair com 2 rolos, sendo uma onda de set, limpa e bem surfada pensei que iria ter um 7,5 no mínimo, estive até aos 17 minutos de heat para me darem a nota, quando soube que era um 5 pontos e tal fui a baixo, desmotivei…dei o meu melhor até ao final da bateria, mas assim é complicado.
Agora só quero deixar uma coisa em claro, para que não veja noticias nos sites de Bodyboard que me deixam altamente perturbado; é muito complicado ou mesmo impossível manter um nível de bodyboard alto vivendo em Portugal,ou seja, o ano é feito por "picos", consoante as viagens que faço, o meu nível vai aumentando, após o Chile, sinto uma quebra gigantesca no meu surf, não existe sitio nenhum em Portugal que de para evoluir, ou mesmo treinar (maio a agosto)! Ao contrario dos portugueses, todos os outros atletas tem altas ondas onde só não vão aperfeiçoando a sua técnica como também evoluindo cada vez mais. Com isto não me estou a desculpar pela minha prestação até porque já só penso no Campeonato em Sintra…
Por motivos pessoais tive que regressar com urgência para Portugal não podendo ir ao meu heat hoje!

Boas ondas!

Gastão Entrudo"

De resto, repito, não confundir as críticas com falta de apoio. E, confirmando-se o que me contaram, aqui deixo um abraço especial ao Gastão.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tugaria

Não está fácil olhar para o ranking do Mundial da IBA. Da mesma forma que se celebra a luta que envolve os lugares da frente, é duro ver as posições para que os nossos homens foram relegados.

Comecei o ano receoso, mas confiante que os nossos agentes iriam dar nas vistas. Afinal, via em Centeno os quilómetros e em Gastão a loucura necessárias para brilharem entre as estrelas e que melhor oportunidade alguma teriam para o fazer que estes GSS?

Mas a magia não tem aparecido. Aceito que os verdadeiros tops são predestinados, que alguns tenham condições com que os nossos nem sonham e que outros conheçam as ondas em causa como as palmas das mãos. Aceito tudo.

confesso que perdi as ilusões à primeira grelha de Pipeline que vi. O nível disparou, não há heats fáceis e, bem feitas as contas, sobram candidatos aos próximos ... dez títulos mundiais - agora, Hubb, Winchester ou GT, nos próximos quatro, o McCharty e o PLC, depois já estão a ser preparados os Rigbys e afins ...

E nós por lá? Tenho dúvidas. Tenho o Hugo Pinheiro como o nosso melhor bodyboarder e ainda não o vi entre os maiores. Vejo no Centeno o nosso bodyboarder mais profissional, mas não consigo esconder a desilusão com o surf apresentado nos heats. Pior que isto? Só a convicção que gente com o talento de Pinheiros e Centenos não aparece quando se quer.

Pegando este modelo de Mundial - nestas ondas, com estas condições e com um ou dois upgrades - o dinheiro em causa, globalmente, crescerá e com isso o nível da água irá disparar. Pior ficaremos nós, os que teimamos em não apostar na formação, nas competições internas e nas viagens de lazer para mais uma foto num tubo macio em vez de apostar em viagens de trabalho às ondas que magoam.

Não confundam as críticas com falta de apoio. Tanto como qualquer bodyboarder nacional, quero ver os nossos homens brilhar e continuo a achar que a qualquer momento um deles pode conseguir um brilharete.

Nós, os tugas, podemos não ser os mais ricos, os mais preparados ou os mais aplicados, até nos pode faltar alguma cultura, mas nunca fomos de desistir. Não acredito que o Centeno, o Gastão ou o Pinheiro o façam. Até chegar a sua hora, nós estaremos por cá para os apoiar.

Bons Tubos

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O bicho Ben

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Bons tubos

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O resto interessa alguma coisa?

Tropecei num tal de Todd Mcroie. Sei que é reforço de verão da polémica Toys, mas nada mais. Depois de ver o video, arrisco um palpite. Este moço cresceu a ver o Rawlins a surfar. Manda inverts como se quisesse partir o tecto, as rasgadas são feitas com o vigor da facada de um talhante, os ars servem para cumprir calendário e é evidente o potencial para o backflip.

Meus amigos, no aquecimento para o Zicatela, deliciem-se...

Todd Mcrorie 2010/2011 from Toys Bodyboards on Vimeo.



... e então. O resto interessa alguma coisa?


Bons tubos

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Welcome to Puerto

É o beachbreak mais pesado do Mundo. O único que impõe respeito mesmo aos bravos que conhecem a nossa estimada Praia do Norte. E aquele em que não há quem diga: "Estive lá e nem era assim tão pesado ..."

Já por lá vimos os nossos, já por lá vimos os deles - façam o favor de procurar o podcast da Volcom com Bruce Irons a experimentar uns tubos - e todos voltaram com tantas mossas como momentos memoráveis. Desta vez vamos - assim os deuses do webcast ajudem - poder assistir. E quem ganha?

Parece-me certo que um dos aussies chegue à final. O Winchester quer oficializar o ataque ao título, o Player é ... o Player e o Hardy quer provar que também ganha fora de casa. E quem fica com a restante vaga? Excluir o GT é parvoíce, o Hubbard precisa dos pontos e tanto o Pierre como o Amaury não podem adiar mais a entrada em jogo. Depois, resta a minha aposta: Mark McCharty. Garantidamente, o senhor do surf mais surpreendente desta temporada.



Bons Tubos

sábado, 23 de julho de 2011

O Tour dos autocolantes

Começou por ser vendido como o Dream Tour - os melhores surfistas nas melhores ondas do Mundo - e as marcas da especialidade apareceram em força. Hoje, não faltam super estrelas, campeonatos com bancadas, webcasts e milhões em patrocínios.

Trilharam o caminho em que o nosso querido Bodyboard começa agora a gatinhar, abriram a estrada e mostraram como se conduz - com ondas de luxo, estrelas conhecidas e muitos autocolantes. Mas o World Tour está a definhar. Os autocolantes estão a impor-se às ondas. Depois de uma etapa ridícula no Brasil, agora calhou-lhes uma má colheita de J-Bay e ainda falta uma etapa em Nova Iorque. O World Tour, provavelmente a competição desportiva mais engraçada de acompanhar nesta altura, começa a falhar no seu ponto mais forte: as ondas.

A surfar, o Jordy, o Fanning ou o Slater - quando não está a apanhar o "swell da vida" em Cloudbreak - são dignos de serem vistos. Mas o peso dos autocolantes está a ganhar aos indefectíveis do princípio fundador - os melhores, nas melhores ondas - e a obrigar os melhores a surfarem ondas miseráveis.

Da mesma forma que serviu de modelo para um Mundial IBA mais competitivo, em ondas de luxo e com um esquema que oferece dois heats aos Star Players, que o definhanço do World Tour sirva de exemplo.

Façam o que eles dizem, não façam o que eles andam a fazer.


Deixo uma aposta: Jordy Smith campeão.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Vintage bodyboards

À conta da paragem habitual no Palavras de Sal descobri um site que revela, finalmente, alguma dedicação à história do desporto - http://www.vintagebodyboards.com Sem os ensinamentos da juventude, sem as memórias das dores de crescimento, não é possível ser adulto. E o nosso bodyboard começa a fazer-se crescido. Um site dedicado às pranchas mais carismáticas, não só ajuda a perceber a evolução da coisa, como ainda permite que se matem saudades daquela primeira prancha ... Eu até lá tenho a minha primeira prancha, uma maravilhosa 7-X, mas não resisto a apontar uma falha grave ... a minha segunda prancha. Queiram ou não, qualquer livro, ranking ou mesmo artigo sobre a história das nossas pranchas tem de ter um espaço especial para a Wave Rebel com que o Guilherme Tâmega limpou o sexto título.

Um pedaço de história



P.S: O Vintage Bodyboards merece mais que uma visita.


Bons Tubos

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Anti crise

Dúvidas restassem, o nosso mundo fechou ontem. Somos, oficialmente, lixo. Despedimentos, o fim das reformas e empresas a falir. Felizmente para nós, tugas e bodyboarders, há quem vá resistindo.





Bons Tubos

domingo, 3 de julho de 2011

Bons exemplos

Dentro do meu país existem várias nações e eu pertenço a umas quantas. Mas aquela que me é mais querida é, confesso, a do bodyboard. É uma nação complicada, cheia de quezílias e polémicas e mesmo algumas invejas. Só isso explica que sempre que alguém faça alguma coisa em prol da modalidade se levantem sempre 20 vozes críticas por cada uma que apoia.

Se acham que exagero, vejam-se os casos do Circuito Nacional de Bodyboard, levantado do chão a muito custo por uma mão-cheia de voluntários e num ano em que a carestia financeira corta as vazas um pouco por todo o lado. Ou até o Mundial de Sintra que, estou agora a perceber melhor, é pouco menos que um milagre anual. Não digo que não se critique. Quem me costuma ler, sabe bem que sou o primeiro a apontar o dedo a alguns disparates. Mas depois tento ajudar a remediar os que posso.

E, todavia, depois destas guerras, há coisas que me enchem de orgulho e que restauram a minha fé nesta nação das pranchas curtas e barbatanas coloridas. Coisas como o festival de ondas que agora decorre na Figueira da Foz. Esforço, criatividade, muito boa vontade e alguma imaginação serviram para promover uma festa que, não sendo um primor no que diz respeito à qualidade das ondas (nem seria esse o principal objectivo), mobiliza alguns milhares de pessoas, entre atletas e público e a grande família do bodyboard para um objectivo comum: divulgar o bodyboard.

É por estas coisas que tenho de agradecer à organização deste SEAT Figueira Junior Wave Fest 2011; ao Nuno Trovão, ao Pedro Cruz e a todos os outros que não conheço mas com quem partilho um vínculo não escrito.

Por me devolverem a fé através destes bons exemplos, muito obrigado.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um dúvida

Será que este governo também vai privatizar as ondas?

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Preciso

O filme, encontrei-o no Palavras de Sal. Mas é isto. É só isto de que preciso. Porque sem folgas, sem ondas e sem paciência não vou a lado nenhum!!!

Dreamy Days from Dan Skajarowski on Vimeo.



Bons Tubos

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Persistência

O Mundo, o país e o meu saldo bancário, têm uma coisa em comum. Todos sugerem trabalho. Seja porque é a altura errada para ser dispensável, seja porque nem no Governo se vê um rumo, seja porque não gosto de ver menos de três dígitos no extracto, tudo me diz: não facilites. E eu não tenho facilitado. Consequência: o cansaço tornou-se maior e as visitas às ondas, como podem imaginar, menos regulares. Já lá vão uns bons meses assim.

Mas hoje ia ser diferente. Depois do trabalho, uma das melhores ondas do Mundo, quase todos os melhores atletas do Mundo - GT e Hardy fazem muita falta - e amanhã até estou de folga. Hoje, mesmo sem ir à água, ia encher a barriga. O stress do costume, a tareia habitual, mas com uma ajuda: a noite seria de festim. Shark Island Challenge, no ano dos melhores webcasts da história.

Comigo, o Mr Charles e outro dos irmãos. Todos prontos ...

Hoje, também foi a noite que, por vários imponderáveis - um deles chamado artoscopia -, o Sagu também estava sentado ao computador. E os ingredientes apareceram todos. Ondas dignas de filme e um heat que mesmo antes de começar já tinha direito a um lugar na história. O melhor bodyboarder do Mundo - diz o fã e vários dos melhores que por lá andam - contra os dois títulos mundiais do único King da modalidade e um rapaz que ameaça mudar o rumo do desporto. Visto dos olhos do Jason Finlay ou do Adam Smith, os adversários eram King, Hubb e Rawlins. E nós íamos poder assistir.

Errado. Hoje, o Bodyboard tornou tudo pior. Em vez de um festim, voltei a ver o desporto amador que eu pensava ultrapassado. Doeu. Numa altura em que não se pode facilitar, os responsáveis pela competição do nosso desporto falharam.

... vou continuar a tentar.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Pure fun.




Para os mais distraídos. Na pracha amarela, Jamie O'Brien. Na branca, Bruce Irons. Aparentemente, estavam juntos num barquinho da Red Bull e decidiram ir brincar.

"I hadn't ridden a boog for over a year. I waited for a set and got pitted for six or seven seconds. And it felt bigger cause I soul-arched with my chest up and the thing was square – it feels weird being on a boogieboard because the barrel seems so fucken big", O'Brien dixit.


Bons Tubos

terça-feira, 31 de maio de 2011

Atenção Pierre ...

Pierre Louis Costes tem sido uma das desilusões do arranque da temporada. Candidato a campeão do Mundo, visto até por muitos como o grande favorito, o francês ainda não conseguiu um resultado de registo e mesmo no seu site já reconheceu que este tem sido "o pior arranque de sempre no mundial". Nem eu, nem ninguém no seu perfeito juízo, questiona o talento do wonderkid (sim, PLC continua a ser um kid) nem o exclui do restrito lote de atletas capazes de vir a dominar o circuito, mas a inspiração não tem aparecido nos momentos exactos.

Do Mundo das BMX, vem agora um exemplo que o poderá motivar a aterrar o tão aguardado duplo backflip. Aqui fica o primeiro TRIPLO backflip da história.




Bons Tubos

sábado, 28 de maio de 2011

World Tour - Pelé

No total foram mais de 1200 golos em pouco mais de 1300 jogos. Em mundiais, o Morais, autor do célebre "cantinho" sportinguista, até uma perna lhe partiu, mas no final da carreira tinha três títulos, um dos quais conquistado logo aos 17 anos. Pelé, foi o atleta do século, o melhor futebolista do século, a meta que todos quiseram ultrapassar. Maradona, Ronaldo e agora Messi até podem ser os melhores da sua era, mas nenhum conseguiu roubar o estatuto ao brasileiro. Pelé, é Pelé - o único que em três temporadas diferentes ultrapassou a marca dos cem golos.

Dirão que no final da década de 50 ninguém sabia defender, que o Brasil era o único país com selecção, que os 60 títulos conquistados entre o Santos e o Cosmos pouco representam ou que lucra com o facto de ter jogado numa era a que poucos assistiram. Argumentos válidos, mas ainda assim insuficientes para mudar o desfecho das votações para o maior de sempre.

No bodyboard, parece-me, a discussão é mais fácil. É certo que Mike Stewart limpou onze títulos mundiais e um número incontável de provas em Pipeline, mas o seu estatuto é de pai. Há um bodyboarder que destronou o primeiro rei - Mike - e o segundo - Eppo -, há um bodyboarder que foi Hexa-Campeão do Mundo na década de 90 e que nove anos depois do seu último título voltou a liderar o ranking. Chamam-lhe "máquina", chamam-lhe "louco" e até "suicida", eu vejo-o como o melhor bodyboarder de todos os tempos. Bateu-se com Mike, com a versão sóbria do Botha, e com King. Agora, aos 37 anos, enfrenta aquela que será a geração mais forte da história do nosso desporto e mesmo assim não há quem o exclua da lista dos candidatos. Havia? Depois de Arica, desistiram, esconderam-se com a vergonha de quem chamou velho ao bodyboarder mais atirado do GSS. Sim o Rawlins, dropa monstros, mas até ele guinchou como uma virgem quando o GT virou o heat contra o Amaury.

Depois de um embate, contra o campeão do Mundo, como eu não tenho memória de assistir, uma versão com ondas do "Rumble in the Jungle", e de uma final em que, acreditando num deprimido aussie lover, não deu hipótese, GT está de volta ao topo do ranking e, arrisco eu, não o largará com facilidade. Melhor que ninguém sabe como vencer mundiais, mas também sabe, melhor que ninguém, quanto custa ficar em segundo.


Mas de Arica, nem só a vitória do GT me ficou na memória. Como alguns saberão, sou pouco dado a patriotismos, mas desta vez, vibrei. Depois de ter sido catalogado de 'brasileiro', o Gastão Entrudo mostrou finalmente ao mundo que merece um lugar entre a elite mundial. Mandou-se, arriscou e brilhou até ser colocado num heat com requintes de malvadez - GT, Hubb e aquele que será a grande revelação do ano, o Mark McCharty. Há derrotas que não devem deixar marcas e a que Entrudo sofreu é uma dessas.

Duas dúvidas relacionadas com a qualidade das ondas do GSS. Desta vez, qual será a desculpa dos australianos para não terem um campeão do Mundo e, para rematar, vamos mesmo apresentar as ondas de Sintra em Agosto como cartão de visita? Todo o respeito por quem, durante anos, manteve a melhor (única) etapa do nosso Mundial a funcionar, mas se este nível se mantiver, das duas uma: ou passamos a prova para o inverno; ou, os sintrenses que me desculpem, temos todos de começar a cantar "Allez Praia do Norte, Allez!"

Deixo-vos com um video que revela o segredo do "Animal".





Bons Tubos

domingo, 8 de maio de 2011

Exemplo

Ai que ninguém apoia o bodyboard. Ai que ninguém patrocina os nossos melhores atletas. Ai que não há dinheiro para viagens. E choram, choram, choram ...

Ora vejam lá como se orienta o Jacob Romero.



Bons Tubos

terça-feira, 3 de maio de 2011

Mr Ben

Ben speaks



Bons Tubos

domingo, 1 de maio de 2011

World Tour - Nós por cá

Eu sei. Ainda só passaram duas etapas, mas a verdade é que os sinais são promissores. Pela primeira vez desde que há memória, temos webcast. Temos uma organização internacional carregada de boa vontade, dedicada e assumidamente na luta com as condições que reuniram. Pelo meio, até a Red Bull se juntou, ainda que timidamente, à festa e todos fazem com que este seja o ano zero do Bodyboard.

Na água, o nível tem estado absurdo. Primeiro, tivemos uma final com contornos de filme de Holywood. E agora, na Box, assistimos a um dos monstros gritar: esta é a minha casa. Da mesma forma que Hubb mereceu o troféu conquistado Pipe, Ryan Hardy venceu de forma tão clara que até o mais obtuso dos juízes lhe atribuiria o caneco.

É certo que os bravos da IBA estão a tentar fazer o melhor possível. Tentam que os scores apareçam "live", que todos os dias esteja disponível um resumo da etapa e até arriscam umas belas entrevistas. O brinde, têm sido os comentários do King. Além de surfar barbaridades, naquele jeito de Joker lá vai mostrando aos mais desatentos que no pico o jogo é tudo menos simples.

Ainda falta muita coisa, mas ao contrário do resto do Mundo, no Bodyboard o caminho até tem sido feito para a frente.

E agora ... "um nós por cá" antes de deixar um dúvida: onde é que os nossos homens entre os melhores irão conseguir chegar?

Praia Norte | Bodyboard from BlackInk® on Vimeo.



Bons Tubos

domingo, 17 de abril de 2011

3.10 AM

Sem pontuações de qualquer espécie - nem em live feed, nem através dos comentadores -, com um nível de informação reduzido abaixo dos limites aceitáveis - nem o tempo dos heats davam ... - mas com um bela qualidade de imagem, lá vi as primeiras imagens de The Box.

Hardy e Rawlins limparam com toda a justiça. O Novy, acho, limpou o segundo e Magno Oliveira. Skipper surfou muito, mas aparentemente não chegou. Nesta altura, é o Player quem parte a loiça e o Dave a sacar ARS's que comparam aos do irmão.

O maior dos Hubbards entra na água no próximo heat, com o Mestre Mike e o seu discípulo Rigby. Mas não faço ideia de quanto tempo falta ...

E o Centeno? Além de um azar monstruoso - pago 10€ a quem conseguir montar um heat mais inacessível que o dele ... - deixou-me a ideia de que lhe faltou um toque especial para poder ser um, real, candidato à vitória. Ainda assim, deixou um invert muito bem desenhado para memória futura.

Tal como à IBA, acho que faltou afinação ao Centeno ... A vontade está lá.

Rigby, Hubbard e Mike a remar para o pico ...

Bons Tubos

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Será hoje?

Será hoje? Swell de dois metros, ventos offshore e uma das ondas mais "bodyboard" do Mundo ...

Deixo as minhas previsões para o vencedor - ou um aussie, Rawlins; ou um havaiano, Hubbard ou um europeu, Pierre.

O palpite?

Mitch Rawlins - i surf becasue short film from Billabong on Vimeo.



Fecho com um empurrão virtual: BOA SORTE, ENTRUDO E CENTENO!!

Bons tubos e, se tudo correr bem, uma GRANDE madrugada em frente ao computador!!!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

The Box

Sete dias



Bons Tubos

quarta-feira, 6 de abril de 2011

World Tour - O suspense

Estamos a dias da segunda etapa do Dream Tour e, pelo menos por aqui, já começaram as apostas. Por enquanto, já há quem "meta dinheiro" em como o vence um dos craques da casa. Talvez.

Temos o Novy que está pronto e tem armas novas para mostrar, mas o PLC não me parece disposto - numa onda onde dizem "os backflips têm estar perfeitos" - a perdoar duas vezes. É estupidez excluir o Player, mas não acredito que o Amaury vá continuar desaparecido. Então e o Hardy não vai estar a jogar em casa? Certo, mas ondas, tubulares e cavadas são a "casa" do senhor Tâmega. Tubulares e com um pocket "apetitoso"? Damian King. Não esquecer que se são tubulares, é preciso cuidado com o Mike.

Não é fácil ganhar um Grand Slam no Dream Tour. E aplicando algum bom senso - coisa rara nos dias que correm - apostar também não. Por motivos religiosos e por uma preferência já por aqui manifestada, a minha dose de ameijoas está no havaiano voador. Porquê? Além de ser, diz o PLC, o melhor bodyboarder do Mundo, vem de dois resultados históricos: limpou o Fronton de costela partida e arrancou o campeonato na melhor posição possível. Um australiano para ganhar? Faço duas escolhas arriscadas. Primeiro, o Mitch Rawlins - falhou por pouco a melhor manobra da etapa havaiana e, meus amigos, aquele nível de bodyboard é de quem vem para se fazer notar. Última aposta? Tom Rigby, o wonder kid do tio Mike. É verdade que tresanda a verde, mas há muito tempo que não se via uma apresentação como a que fez em Pipe.

A aposta mais segura?

Pierre Louis Costes "Everyone Loves Victory" from IBA on Vimeo.




Bons Tubos

O Rei

Mike Stewart analisa a prova de Pipeline de forma brilhante e lança The Box.

Mike Stewart "Competitive Fever" from IBA on Vimeo.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

O Monstro

Consta que o Monstro está com fome.

Ben Player setting his sights on The Box from IBA on Vimeo.



Bons Tubos

Talento

O jovem Jake Stone a mostrar no ultra-competitivo circuito australiano como se ganha uma prova com categoria: um duplo rollo. Brutal

jake double roll from liam peters on Vimeo.

sábado, 2 de abril de 2011

Rapidinhas I

Anda tudo deprimido. Crise e crise, crise e crise e crise. Deixo aqui duas boas notícias.

Primeira. A ID Boards. Não só comprou uma estrela, como tem um belo site. Será que a Id Boards - http://www.idboards.com/ - veio para ficar?

Segunda. Nunca fica mal agradecer. Pierre Louis Costes, o raider do ano para a Vert, agradeceu a eleição. Fica-lhe tão bem a ele como à revista - http://pierrelouiscostes.com/2011/03
/26/obrigado/.


Bons Tubos

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sem graça

Os mais atentos sabem que nem sou de me chatear com estas coisas e até se podem lembrar que fui dos que achou graça à campanha dos chocolates que fez com que o Mick Fanning dissesse que com fome fazia Bodyboard.

A esta não acho graça nenhuma.


Bons tubos.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Há.

Há outros desportos giros em ondas? Há.

THE LINK PROJECTS - EPISODE 1 from LINKtv on Vimeo.




Bons Tubos

terça-feira, 29 de março de 2011

Memories






O BBtotal desencantou estas duas pérolas num artigo dedicado às primeiras pranchas de alguns pros conhecidos. Recomenda-se vivamente uma passgem por www.bbtotal.com.

E, já agora, reconhecem-nos? Olhando bem para eles não é nada difícil mas uma dica: ambos falam francês...

segunda-feira, 28 de março de 2011

quarta-feira, 23 de março de 2011

World Tour - A ressaca

Não dá mais. Pipeline já foi há demasiado tempo. Novidades precisam-se e as previsões são tão deprimentes como o Estado da nação. O país está deprimido, com uns a celebrar a saída de um filósofo de trazer por casa, outros a chorar pelos Passos que ouvem e milhares a desesperem por tempos mais folgados. É certo que sou dos sortudos que vai tendo 13º mês, subsídio de férias e até, o luxo supremo, seguro de saúde, mas poucos percebem o que nesta altura sofre um bodyboarder. Além de estar em crise, ainda estou de ressaca.

Temos um Mundial novo. Promessas de webcasts. E sonhos húmidos com ondas perfeitas. Temos um puto em altas, um campeão estranhamente apagado, um OVNI, um bebé abençoado por Stewart e uma fornada de candidatos de um nível absurdo. Nunca como agora, um bodyboarder sofreu. Queremos mais. Rápido. Em numa boa dose.

Em Pipe, o Pierre surfou muito, o Amaury levou falta de comparência, o Rigby apresentou-se com estrondo e o Rawlins foi eliminado por um cagagésimo de ponto. Quem ganhou? O mesmo que, com uma asa empenada, tinha limpo a rapaziada no Fronton - o Objecto Voador Não Identificado.

Mas e agora? Os senhores da IBA começam a parecer-se com dealers de má qualidade. Primeiro, uma grande dose para agarrar o cliente. Depois, umas rapidinhas para ir aguçando o apetite. Uma tortura para quem consome e, normalmente, um belo negócio para quem controla a mercadoria.

Torço para que o dealer encontre toda a fortuna que procura e, mesmo de ressaca, só lhe desejo mais e melhor negócio. Quanto mais ele tiver, mais eu consumo e o vício nem é prejudicial à saúde. No entanto, já começo a achar escusado manter a tortura por tanto tempo. E prometer que a próxima etapa será em The Box já é puro sadismo.

Quero saber se o Pierre se vai deixar de banalizar os backflips e começar a surfar como sabe. Quero saber se o Amaury não se perdeu nas celebrações do título. Quero saber se o Rigby veio para ficar e se o Hubbard vai mesmo continuar a limpá-los a todos como se fossem meninos!. Quero saber se o Rawlins vai passar das ameaças aos estragos e ver para que lado o Player está virado. Preciso de mais ...

Faltam duas semanas para a segunda etapa daquele que promete ser o melhor mundial da história do nosso desporto, e eu estou-me a passar. Pior que o Aníbal - o único incapaz de fazer algum comentário -, o Zé - que ainda não desistiu de lutar - e que o Passos - que não sabe bem onde se está a meter ... - só mesmo quem tem de os aturar a pensar em ondas. Estou oficialmente de ressaca e isso começa a afectar-me o bom senso. Imaginem que hoje, enquanto o Estado ruía, dei por mim a pensar num vernáculo pouco católico. "Estamos fodidos", foi mesmo a frase que mais me passou pela cabeça. E das duas uma. Ou estou a precisar de uma grande dose do World Tour da IBA ou o nosso querido Portugal está mesmo feito em - lá está o vernáculo outra vez ... - merda.

No melhor dealer de recurso que conheço, o Palavras com Sal, tenho tropeçado em vídeos do imberbe André Botha. Respirando fundo para controlar o vernáculo, tenho de deixar uma última dúvida. O que aconteceria ao Mundo do BB se ele se deixasse de atitudes menos espertas e metesse na água todo o potencial do talento com que por acaso do destino nasceu?



Bons Tubos