É uma verdade universal: a dor faz parte do crescimento. Seja a adolescência, a escalada profissional ou, neste caso, na afirmação de um desporto, crescer custa muito. Dá trabalho, dissabores e, frequentemente, dói. No final de um ano em que o nosso desporto cresceu como nunca, ficam algumas dores.
A primeira e talvez a maior é a exclusão de atletas portugueses da elite mundial. Mas a essa, irei mais tarde ... A segunda, é a saída de cena de alguns dos históricos da modalidade. Primeiro o Damian King e agora o Mike Stewart, também não sobreviveram. É impossível prever se o aussie volta. Durante dois anos batalhou por resultados que nunca apareceram e a mim parece-me que teria de reiventar o seu surf para voltar a brilhar entre os tops. Stewart, arrisco, não volta. Os 49 (?) anos pesam, as costas já não estão para backflips e a concorrência, mesmo agradecendo as dicas, não facilita. Certamente que os voltaremos a ver surfar - isso sim serão wildcards bem empregues! - mas regularmente, a lutar por posições no ranking, duvido ... Ficam as dores de um desporto em que o nível subiu, cresceu, a um novo patamar.
Hoje, o melhor bodyboarder de sempre perdeu a oportunidade de selar o seu sétimo título Mundial. Não vi o heat que o nosso Gastão venceu, mas conheço os seus efeitos: restam três candidatos a campeão. Não sei se será dor de crescimento, mas no Fronton a IBA alterou as regras para garantir que os candidatos só se encontram na final ... Sabendo que o Hardy é tudo menos fácil de eliminar, que o Pierre passou todo o ano a elevar o seu nível de surf e que o Hubbard é o melhor bodyboarder do Mundo, com ou sem regras novas, o espectáculo está garantido.
Bons Tubos
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