Lembro-me de, certa vez, estar a regressar ao carro com um companheiro de ondas que já antecipava o regresso à vida dos meros mortais com a mais poderosa trela dos dias de hoje. O casamento? Não, isso é a casota. Falo do telemóvel.
-"Xii, disse à minha Maria que estaria em casa há para aí (olhando para o relógio)...duas horas"
- "Oh pá, e eu também já devo ter umas poucas de chamadas não atendidas, mas isto estava mesmo bom, que se lixe!"
-"O problema é explicar-lhe que fiquei duas horas a mais na água porque 'estava bom'. Não se consegue explicar."
- "Ah ah..podes crer! Tenho o mesmo problema. É que só quem anda lá dentro é que consegue explicar. Esta merda é um vício que não se explica. Ou se sente ou tá quieto. Cmo é que eles dizem? "Only a surfer knows the feeling..." E a porra é que é verdade."
Pois. E a porra é que é mesmo assim. Mas depois há a surf porn, como diz o Cocas. Os clips de bodyboard são a metadona para a nossa heroína. Não chegam para nos satisfazer, mas, para os não inciados. podem servir para despertar a curiosidade.
E os filmes de desportos de acção estão a dar passos gigantescos. Já não falo no filme do Mitch Rawlins, que se for metade do que o trailer indicia, corre o risco de ser o melhor filme de bodyboard de sempre. A questão nem são só as sequências, o que se faz, mas a maneira como se começa a captar a acção.
Estamos em plena revolução multimédia. Nos dias das Go Pro HD, do software de edição de imagem, da internet, e da democratização do vídeo de alta-definição, existe depois uma camada de estratosfera tecnológica capaz de nos deixar de boca aberta.
Agora imaginem um filme de bodyboard feito com esta câmara. Chama-se "Phantom" (nas opções de resolução do youtube, escolham HD).
Pasmem.
Sem comentários:
Enviar um comentário