Mitch Rawlins - No Friends "Lost Cause" from mitchrawlins.com on Vimeo.
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Obrigado
Admiro quem mudou o mundo, quem fez arte, quem escreveu, quem fotografou, quem ajudou. Admiro quem marcou uma época ou mesmo uma vida alheia. Admiro quem, notoriamente, sairá da estrada com o sentimento de dever cumprido. Admiro o Mike Stewart.
Éramos cinco milhões a assistir ao vivo ao campeonato em Pipe. Hoje outros tantos andaram a passear pela net à procura das novidades. Há favoritos, há rivalidades, há atletas e rockstars, mas sobretudo já são muitos os agarrados à arte de descer ondas deitado. Todos, sem excepção, devemos o nosso vicio ao Mike Stewart. O maluco do americano que nunca largou a prancha que outros vendiam como brinquedo. O maluco do havaiano que converteu olhares de soslaio em olhares de admiração. O maluco do 'tio' que mostrou o caminho, ganhou o respeito e apresentou o profissionalismo. Devemos tudo ao Mike.
A revelação de Pipe foi um pequeno adolescente que por acaso anda na ciência do tio e na cabine de comentadores ouvi o King confirmar que as capacidades aquáticas do Stewart Jr já começam a suscitar curiosidade. Será que também deixou sucessor?
Mike_Stuart_Feature from Fernando Villegas on Vimeo.
Não será mais apropriado chamar-lhe ... Pai?
Bons Tubos
P.S: Meus amigos, vocês por favor bebam Red Bull e não se esqueçam de deixar Post-Its a dizer: só bebo esta merda porque quero ver o Grand Slam da IBA online!
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
World Tour - The aftermath
Hawaii 2011 Week Two, Tassie Trip. from Cameron Green on Vimeo.
Quanto tempo falta The BOX? Mês e meio? Protesto. Quero saber se o Spencer Skipper faz todo o Mundial, quero saber se "The Mighty" King bate o pé no chão e como o Pierre Louis Costes vai reagir. Não posso esperar pela próxima prestação da Armada Lusitana e quero voltar a ver Rigby e McCharty a surfar. Alucinei ou o Porkito andou a fazer imagens dentro de água? E onde está o filme do último dia? Quero mais!!
Para matar o tempo, um momento bem divertido. Um tal de Elliot Morales, das Canárias, que aparentemente teve direito a estadia na casa da Turbo, "a dez minutos a andar de Pipe". Aguentem os primeiros minutos do doloroso inglês do rapaz, riam como ele, mas esperem pela parte em Espanhol. É dura a vidinha no Havai...
Turbo, Hawaii 2011 - Elliot Morales from TURBO SURF DESIGNS on Vimeo.
Bons Tubos
World Tour - O primeiro salto
Eu expliquei-lhe: faço Bodyboard há quinze anos e nunca tinha podido ver um campeonato assim. Webcast com gente sóbria, imagem sem pixeis do tamanho do ego do Ben Player, repetições e até scores ao vivo. Um luxo para quem, como eu, cresceu à espera da Bodyboard Portugal para saber o que se passava no Mundo do Bodyboard. E ontem, quase tudo valeu a pena.
Primeiro uma dura constatação: os riders portugueses vão ter de se aplicar para brincarem neste novo formato. Depois da razia nos primeiros rounds, ontem com os nossos melhores atletas na água a coisa não melhorou. Centeno foi eliminado num heat sem estrelas e o Hugo Pinheiro deitou tudo a perder com uma interferência. Nem a vou comentar, mas ao menos garantiu que um português celebrasse a passagem de um heat em Pipeline. Depois, a sorte foi (MUITO) madrasta para o jovem Gastão. PLC, Dave Hubbard e Mike foram os protagonistas no primeiro heat "estrelar" da prova e o resultado foi o esperado: PLC conseguiu a pontuação mais alta do campeonato (18.15) e Stewart a terceira (17.80) e o Gastão ficou pelo caminho.
Mas mesmo sem portugueses em prova, os últimos heats, já a uma hora em que se esperam os computadores desligados, prometiam bodyboard de luxo. PLC estava a mandar backflips por todo o lado, o Thomas Rigby e o Mark McCharty estavam a surfar como ninguém - na ronda 8, limparam o Hardy e o Amaury - e nem faltavam inspiração aos verdadeiros monstros do desporto: Player às cabeçadas na prancha, GT a provar que a idade ainda não atrapalha (15.65 contra 4.25 do Rawlins, num heat em que o Uri fez 17.65?), Skipper de volta aos bons velhos tempos e o senhor do costume, num estilo bem discreto, a prosseguir heat após heat.
Voltei a explicar. Estás a ver aquele brasileiro, o Tâmega? É o maior. Estás a ver aquele loiro? Estamos a torcer por ele. Estás a ver este puto francês? É o único que mete medo. Espera. Aquele Rigby está a surfar muito. E o Houston também ... Também podemos torcer pelo McCharty que nunca o tinha visto surfar assim... "Desculpa, mas vou ter de ver mais um bocado".
Meias-finais, e a primeira grande azia: McCharty vai à vida por 0.35 e para ceder o lugar a um pouco espectacular Dallas Singer. Pior. Para a segunda meia final, a única certeza que tinha era que o PLC ia passar e isso só queria dizer uma coisa: um dos meus "cavalos" favoritos ia ficar pelo caminho.
Mas o puto francês está obcecado com backflips. Em ondas grandes ou pequenas, bem ou mal feitos, foi preciso esperar pela reviravolta no marcador para que ele abrisse o livro das manobras. Os campeonatos não se ganham só com talento e o Hubbard explicou-lhe isso da forma mais dura. A poucos minutos do fim, fez duas ondas, virou o resultado e mandou o favorito para a areia. Estava dada a primeira lição da noite.
Sem nenhum dos top-aussies na final (os rapazes da NMD ficaram todos, salvo erro, no round 8), já era possível começar a fazer algumas contas ao arranque da temporada. Um - o Amaury apareceu estranhamente desinspirado. Dois - excluir o GT ou o Uri das contas do topo é parvoíce. Três - O Hubbard ia para a segunda prova na frente dos adversários directos, mas ... Quatro - Há putos a surfar tanto ou mais que os consagrados.
E com a namorada a dormir no sofá, chegamos à final. Um sobrevivente, Singer. Um candidato, Houston. Um bi-campeão do Mundo e de Pipe, Hubbard. E um puto, favorito de comentadores e da enorme trupe aussie sentada na areia. O arranque foi demolidor. O wonder kid de Mike Stewart arrancou com um 8.5 e minutos depois já tinha todos os adversários a precisarem de duas boas ondas. Os aussies começaram a juntar-se à beira de água, os comentadores começaram a ficar eufóricos e a história começava a ganhar contornos históricos. Do ranking regional australiano para o topo do pódio de Pipe, com apenas 20 anos, um novo Botha ...
O momento "oh oh". A poucos minutos do fim, sentado confortavelmente em último, e comigo convencido que o Rigby iria ganhar em Pipe, o Hubbard mostrou porque a experiência conta muito nesta coisa das competições profissionais. E o Manny Vargas nem conseguiu evitar o "oh oh" quando o havaiano fez a primeira onda - um sete e qualquer coisa, suficiente para passar de último para segundo. Mas os scores nem tiveram tempo de actualizar. Pouco depois, Hubb fez a segunda onda e com o melhor tubo da competição mandou o puto para segundo lugar e obrigou os amigos locais a levantarem-se para o irem esperar à beira de água. Tenho, sinceramente, pena pelo Rigby que teria sido um justo vencedor.
"Toma e vai buscar" e a namorada nem acordou com o grito. Ainda vi o havaiano partir o troféu, subir ao pódio e prometer "performances destas durante todo o ano". E nós, os 5 milhões que estiveram a acompanhar a prova, vamos poder assistir a tudo ao vivo e a cores. Um luxo! Agora, desculpem-me, mas tenho de ir explicar à namorada que gosto dela, que não a deixo pelo Hubbard e que não sou dependendente de Bodyboard. Um mentirinha nunca fez mal a ninguém, pois não?
Bons Tubos
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
HUBBARD
"Performances like this will be happening all year". O aviso está feito.
Bons Tubos
A horas da final ...
IBA PIPELINE PRO 2011 - Presidents Day from IBA on Vimeo.
e para responder à aposta do Charles. Fica a minha aposta. Este ano, esta é uma imagem que vamos ver ... muitas vezes.
Bons Tubos
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
domingo, 20 de fevereiro de 2011
DK perfection...
IBA PIPELINE PRO 2011 - Competition Day Two from IBA on Vimeo.
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Bom ...
Vou ali curar a azia do Porkito não ter conseguido mostrar o que vale e já venho. Amanhã há mais.
Bons Tubos
É só apostar
Parece que agora todos os adeptos de bodyboard podem transformar as suas teimas e convicções em (com alguma sorte) dinheiro. Basta ir a bodyboardbet.com. Para já, Amaury Laverhne, GT, Hubb e Pierre Louis Costes lideram a lista de favoritos a ganhar o evento, com 7 vezes por dólar apostado. Já o Centeno e o Gastão pagam 40 por cada dólar investido em caso de vitória.
Queres arriscar?
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
Found
Welcome Brendon. from mitchrawlins.com on Vimeo.
Bons Tubos
Como é que é?...
Algumas declarações no site
"The maximum distance of a Wavegarden wave is only limited by the size of your available space. We can create waves up to 3km in length so far!"
ou
"Wavegarden has developed a unique technology that generates perfect waves with tubes throughout the entire length of their breaks."
Em teoria, conseguem produzir ondas de qualquer tamanho mas apontam o tamanho ideal (de parede?) até 1,6 metros.
Uma amostra:
Bodyboarding at Wavegarden from wavegarden on Vimeo.
Tudo a postos
A IBA já divulgou o sorteio para os emparelhamentos para o Pipeline Pro. De destacar a curiosidade de ter Hugo Pinheiro e Gastão Entrudo cara a cara no arranque... Tudo para ver aqui
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
World Tour - Os Boss
No World Tour que, finalmente, amanhã começa, também há Bosses que ninguém quer enfrentar. Hubbard, Player e Tâmega têm, mais que qualquer outro, o dom de motivar nos adversários a mesma reacção que eu tive quando percebi que o Boss da caçadeira nem com tiros na cabeça morria. "Foda-se ... este gajo outra vez?" Não acredito que mesmo o PLC ou o Amaury - provavelmente os dois favoritos à conquista deste mundial - recebam com agrado uma folha de heats em que lhes saia um Boss em sorte. É que no GSS, não há granadas escondidas nem dá para fugir por fora do comboio.
A Ben Player falta a motivação e, parece-me, a humildade dos grandes campeões. Além da motivação incerta, a Hubbard falta a ginástica para se destacar nas marrecas que há muito infestam o mundial e a Tâmega falta, sobretudo, o apoio das massas. Sim, estou sóbrio, não fumei nada, não sou adepto do Vasco da Gama nem me naturalizei "zuka". Mas há muitos anos que sigo o Bodyboard, sei quanto pode pesar um bom autocolante na prancha - apostamos que os rapazes da Turbo brilham este ano? - e também sei a chatice que é ter um campeão do Mundo natural de um país pobre e sem 'fama' de nação de bodyboard. Não lhe faltam - nunca faltaram - as pernas cruzadas nos 360º, não falta a pose nos tubos e quem o acusar de não estar entre os mais atirados bodyboarders do Mundo está, pura e simplesmente, enganado. Por favor, descontem: eu acho que o Tâmega é o melhor bodyboarder da nossa história.
Vou poupar nos elogios, mas são as aptidões especiais que fazem os Bosses. Ninguém voa como o Hubbard, ninguém surfa como o Player, nem ninguém inventa em ondas cavernosas como o Tâmega. São bosses, e, para o bem e para o mal, tanto eles como os adversários o sabem. Será que um deles junta mais um título ao currículo? Não sei. É que afinal, eu mandei mesmo o gajo do capacete e da caçadeira para fora do comboio.
O video não é novo, mas é um belo exemplo do porquê de eu - dez anos depois de ter pago uma fortuna por uma prancha branca e roxa com a sua assinatura - continuar fã do senhor HEXA CAMPEÃO DO MUNDO E HEXA VICE-CAMPEÃO DO MUNDO.
P.S: Parabéns à malta que manteve duas animadas discussões nos posts ai em baixo e resistiu à tentação de partir para o insulto. Disclaimer: não estou a tomar posição na discussão TugaXZuca. Além de não lhe achar graça nenhuma, acho que o GT não entra nessa guerra. O BOSS É GLOBAL.
Bons Tubos
Antevisões e tal...
A primeira e inevitável questão destas coisas é a identidade do campeão. Felizmente, no actual panorama do bodyboard, não temos um campeão anunciado, um "Slater" um "Scumacher" ou um "Armstrong". E, no entanto, apetece-me meter dinheiro no Pierre Louis Costes. Porque sim. O segundo lugar do ano passado soube-me a pouco e só o melhor Amaury Laverhne de sempre conseguiu estragar a consagração há muito anunciada do "puto maravilha" que é cada vez menos puto e, arrisco (pouco), será cada vez mais maravilha.
Posto isto, é evidente que Amaury é sempre forte candidato a renovar o título. Pipe dirá muito acerca disto, sobretudo se estiver clássico, com mais Pipe que Backdoor, ou não fossem as direitas o (único?) handicap de relevo do actual campeão.
Depois não podemos esquecer a dupla mais completa do bodyboard mundial: Ben Player e Jeff Hubbard. Dois atletas que são capazes de sacar notas 10 a qualquer momento, em praticamente todas as condições. Vamos ver se o australiano reencontra a motivação e agressividade competitiva que já lhe deram dois títulos. Quanto a Hubb é candidato a vencer tudo e mais qualquer coisa e há muito que não é "apenas" um fenómeno voador. Ganhou dois campeonatos e aposto o que quiserem como não se retira com dois.
Como sublinhou o Cocas num post anterior, Dave Winchester é uma aposta forte para um primeiro título. O "ginger menace" da NMD está muito concentrado e focado na sua carreira nos últimos anos e é uma ameaça a ter em conta, sobretudo nas ondas programadas para este ano. Há dois anos que anda ali a cheirar o título, pelo que não me surpreenderia minimamente que o arrecadasse em 2011.
Para o senhor que se segue, esqueçam o foco, a concentração, a solidez mental mas acrescentem-lhe talento. Toneladas de talento e uma linha que apaixona. Como eu adorava ver Ryan Hardy ganhar o título mundial... Não metia dinheiro nisso, mas é impossível gostar de bodyboard e não torcer por "Hardballs".
Tenho ainda uma aposta pessoal: Damian King.
Imparável a surfar no "pocket", é o único bodyboarder que ja vi fazer dois 360º dentro do tubo. E diz que tem esse trunfo já bem automatizado. Passou um ano fora, outro a recuperar "ranking" e o ano passado já mostrou que é uma ameaça a ter em conta se a cabeça deixar. É que há duas coisas que abanam a confiança e a calma do homem de Port Macquire: batalhas de remada em heats com vários atletas e ondas fracas.
Ora, num ano em que o formato de competição protege os melhores bodyboarders através de repescagens e que tem o melhor calendário de "spots" desde há anos, arrisco dizer que o circuito parece desenhado à imagem do homem forte da Turbo.
Finalmente, no plano internacional, duas notas: Mike Stewart e Guilherme Tâmega. O romântico em mim adorava ver um destes dois a lutar pelo título. Porque são dois ícones do bodyboard e porque, como não caminho para mais novo, davam-me mais argumentos para continuar a tentar aprender a surfar qualquer coisa de jeito durante mais uns anos. Se as ondas forem o que todos esperamos...porque não?
Relativamente aos portugueses...um grande ponto de interrogação. Sei que o Manuel Centeno tem surf e garra suficientes para ficar no top 16 com tranquilidade, e tenho fé no Gastão Entrudo. O rapaz de Sesimbra tem talento, garra e uma saudável dose de estupidez natural quando o mar sobe na escala do susto. Mas terá consistência?...
Lamento muito não ter o Hugo Pinheiro a correr a liga principal, sobretudo quando sei que tem todas as condições para o fazer com qualidade. Mas também sei que para o ano não estará nesta posição. Isto se não voltar a fazer carreirinhas em Sandy Beach em vésperas de competição. Enfim, azares acontecem.
Uma última palavra para o Porkito. O homem que não trabalha e que passa a vida em férias no Brasil como já li por aí... Quem é que não gosta do Porkito? O mais adorável louco do bodyboard português tem talento, tomates e, sim, garra competitiva. Mas detesta ondas más. Um tuga com alma de australiano e um grande gajo. Tenha ele oportunidade para fazer umas provas entre os grandes e é coisa para nos ar umas alegrias este ano. A ver vamos.
Quanto a previsões de classificações...é pá, como dizia o outro: "Prognósticos? Só no final."
HAWAIAN CONTROVERSIAL PODCAST EP 3.THE FIRST WEEK from Controversial Videos on Vimeo.
domingo, 13 de fevereiro de 2011
World Tour - A Armada Nacional
Manuel Centeno e Gastão Entrudo serão os nossos representantes enquanto todos os outros terão de penar para chegar ao quadro principal do GSS. Centeno tem no currículo os quilómetros mais que necessários para conseguir brilhar, mas estou curioso por ver como se portará nas etapas mais exigentes - Pipeline, Box, Fronton. A missão de Entrudo será ainda mais espinhosa - além da concorrência que se antevê feroz, terá de compensar a menor experiência na competição entre a elite. Talento não lhes falta, mas estou convencido que será preciso muito pulmão para se destacarem entre as estrelas.
Sou contra patriotismos bacocos, daqueles que inquinam todas as análises, e assumo a minha previsão: Centeno fica entre o 10º e o 16º lugar do ranking e Entrudo entre o 16º e 20º. Mas arrisco outra previsão. Sem acidentes cósmicos - como o que lhe estragou a temporada passada - o Pinheiro garantirá facilmente a presença na próxima edição do GSS.
Basta ler o último texto do, sempre bem fundamentado, Nuno Trovão no Palavras de Sal para perceber que os representantes nacionais no GSS podiam ser mais. Eu deixo um desabafo: da mesma maneira que adorava ter de aqui escrever que Centeno e Entrudo conseguiram classificações bem superiores às que eu previ, gostava de ver o António Cardoso garantir um lugar entre os graúdos já na próxima época, mas sobretudo dar-me-ia um grande gozo ver o Porkito baralhar as contas todas do topo do ranking mundial. Tem tudo para ser estrela: a inconsciência dos mais atirados, um leque de manobras ao nível dos mais técnicos e uma característica que me parece rara nos line ups nacionais: garra a sobrar.
Repito. Sou contra nacionalismos bacocos e tento, mesmo num blog amador, tentar ver a competição no BB com a maior imparcialidade possível, mas nada disso me impede de deixar a seguinte mensagem aos bravos da Armada Nacional: Boa sorte, por aqui estamos todos com vocês, mas eu QUERO VER UMA BANDEIRA VERMELHA E VERDE ENTRE AS QUATRO QUE ESTARÃO NA FINAL EM PIPELINE!!!
Fica um video do nosso capitão de equipa!
Manuel Centeno Ep.2 | Indonesia 2010 from DEEPLY TV on Vimeo.
P.S: Deixo um pedido aos leitores e visitantes do nosso estaminé: deixem-se de comentários xenófobos quanto aos atletas brasileiros, assim como agradeço que os "zukas" não venham para aqui arrogantemente lembrar que ainda nenhum português conseguiu ser campeão do Mundo. Relaxem. Quanto mais não seja porque, já dizia o Gabriel o Pensador, "Racismo é burrice".
Bons Tubos
Há um ano sabias quem era este gajo?
Turbo Presents - Jared Houston in the Canary Islands from 662bodyboardshop.com on Vimeo.
Até ao evento de Pipe do ano passado pouca gente tinha ouvido falar de Jared Houston. Finalista surpresa da prova havaiana, ninguém mais parou este sul-africano que terminou o campeonato em 10. lugar. E este amo, como será? Argumentos na prancha não lhe faltam.
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Jaime Jesus
Jaime Jesus from Ruben Cabral on Vimeo.
P.S: Em dia de ondulação gigante e incapaz de adiar mais o regresso à água, fugi para Sesimbra onde encontrei ondinhas de 20 cm e com excesso de população. Ai, o que a fome faz ... Ninguém quer deixar sugestões para dias assim?
Bons Tubos
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
World Tour - o Aussie
Ninguém como os australianos sabe como trabalhar a imagem dos atletas. Se é verdade que até temos o pardoxo de vermos a marca da moda sem site há três anos, por outro lado, não há grom que não tenha o seu próprio vídeo: editado como não se vê em mais lado nenhum, com ondas mais ‘bodyboard’ que em qualquer outro lado e com manobras que, indiscutivelmente, sacam como poucos. Estilo, assim como bom marketing, não lhes falta. Bem pior é quando são obrigados a surfar mais que os adversários ...
Desde 2007, que um australiano não vence um mundial. Ganharam brasileiros, havaianos e agora até o ‘underdog’ Amaury limpou um título que todos, mesmo os que não o assumiam, queriam. O argumento é sempre o mesmo: não lhes interessa um Mundial com fracas ondas. Pois no Fronton, onde ninguém foi capaz de dizer que não queria ganhar, voltou a ser o tal havaiano a ganhar o (maior da história?) simpático prize money.
Na tabela da IBA a verdade é indesmentível. No top ten, são tantos os sul africanos e brasileiros como os australianos, e nenhum chega aos três lugares de topo. Este ano, a minha previsão é que o cenário não será muito diferente. É certo que Ben Player será, provavelmente, o melhor bodyboarder do Mundo e que Ryan Hardy tem um estilo tão requintado que chega a irritar, mas será que isso chega? Duvido. A minha aposta aussie é no David Winchester.
Tem a linha apurada, brilha em qualquer mar e parece, pelo menos à distância, bem mais motivado que os compatriotas. Dizem que dá motivação ter duas filhas para alimentar e o Winny parece, mais que nunca, pronto para começar a amealhar vitórias. Na alta competição – e mesmo que raramente o pareça, é de alta competição que se fala no top tem da IBA – é entre as orelhas que se vencem provas e é, precisamente, nessa zona que os aussies mais falham. A mim, o Winchester parece-me diferente.
O título foi de Hubbard, passou com toda a justiça para Amaury, e agora já muitos o entregam ao “orgulhoso” PLC. Mas as etapas parecem feitas à medida dos pesos pesados. Alguém tem lata para riscar o GT da lista de favoritos?
Winny
Bons Tubos
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
Pierre Louis Costes confirmado na Pride
Um já está
VS Signs Jake Stone from World Bodyboards on Vimeo.
E alguém ainda tem dúvidas acerca do Pierre na Pride?
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
E então, pá?
E este que nem patrocinador tem?
Shaun Pyne Bodyboarding resume 2011 from AK Productions on Vimeo.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Mercado escaldante 3
TURBO WELCOMES - ELLIOT MORALES TO THE TURBO GLOBAL TEAM from phluidphilms on Vimeo.
Bons Tubos
Mercado escaldante 2
domingo, 6 de fevereiro de 2011
World Tour - A Ameaça
A par do campeão Amaury, é um dos mais versáteis do top da IBA. Em mar gigante inventa backflips assustadores, as rampas da Cova tornaram-no num voador regular e as imagens de Pipe não enganam: se o mar estiver perfeito, ninguém o derrota facilmente.
Uma mistura do estilo do Hardy com as asas do Hubbard?
No ano ano passado, falhou por pouco e só um Super Amaury - naturalmente, um dos favoritos à corrida - o derrotou. Este ano, a tarefa não será seguramente mais fácil, mas mais que provável o título Mundial para Pierre parece-me, mais cedo ou mais tarde, assegurado.
Slow Motion Pierre-Louis Costes from RIRAW.TV on Vimeo.
P.S: Segundo a sondagem do Palavras de Sal, o Pierre tem 63% das apostas para ser campeão. Os que mais se aproximam, e à distância, são Amaury e Hubbard com 22% dos votos. Entre os portugueses, a preferência vai para Centeno com 55% a acreditar que ficará entre os 16 melhores, meta que 67% diz Entrudo não conseguirá atingir.
Bons Tubos
Mercado escaldante
Quanto à Pride, já posso meter dinheiro. E se dúvidas houvesse, basta ver o combo de cores da prancha apresentada do teaser. Como se diz na anglo-saxónia: a real give away...
PRIDE /// GUESS WHAT? /// PART 1 from dolly on Vimeo.
sábado, 5 de fevereiro de 2011
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
As ondas partem sempre para o mesmo lado
Nunca precisei de ajuda para sair do Mar. As ondas partem sempre para o mesmo lado e as espumas, por maiores que sejam, levam-nos sempre para a costa. Não seria bodyboarder há 15 anos se não tivesse já apanhado um susto, se não tivesse já pensado que morria ou que me tinha enganado ao pensar que as ondas até estavam dentro dos meus limites. Mas a verdade é que sempre me consegui safar sozinho e entre todos os meus irmãos de praia só um me tentou salvar: o velho Bond.
Carcavelos, num sábado de inverno pode ser assustador. Sobretudo se o ângulo de visão for a um metro do chão. E ele não queria acreditar. Primeiro que eu cheirasse a borracha, depois que raio de sapatos eram aqueles – azuis, amarelos e desproporcionados? No limite, não percebeu porque raio eu, depois de o cumprimentar com umas festas, decidi entrar num mar onde as ondas partiam, com estrondo, sempre para o mesmo lado. Ladrou, lançou-se à água, molhou a minha irmã e quase a arrastou pela areia. Não queria que eu fosse. As espumas eram ameaçadoras e ele, que nunca foi parvo, sabia que resgatar-me daria muito trabalho. Sempre foi preguiçoso o Bond.
Anos depois fui quem o salvou das ameaçadoras águas do rio Zêzere. O apelo da voz da dona - gosto de pensar que ouvir a minha também ajudou - vinda do meio do rio, obrigou-o a entrar em acção. Lançou-se à água e prontificou-se a atravessar a albufeira para encontrar a mão que o alimentava. Não sabia que bem pior que as ondas que partem sempre para o mesmo lado são as doces águas dos rios - nelas nadar é mais complicado e as distâncias são bem mais longas do que parecem. Dessa vez fui eu que saltei para a água e nadei na sua direcção. Estava esgotado o Bond. Ofereci-lhe o peito e os braços para subir ao pequeno barco e ele aproveitou-os vigorosamente. Dessa vez, fui eu, à custa de vários arranhões, quem o safou. Mas o Bond nunca foi ingrato. Sentado, a seco, no pequeno barco, agradeceu. Falava com os olhos e nessa altura a mensagem era evidente. “Foi por pouco. Obrigado, ‘tio’”.
Nasceu há sete anos, preto, gordo e rafeiro. Gente ou cão, não é fácil nascer preto, gordo e rafeiro. E as ondas partem sempre para o mesmo lado. No quintal onde o fui buscar, era o que mais comia e não desperdiçava uma oportunidade de, nem que fosse preciso empurrar um ou dois dos irmãos mais franganotes, gamar alguma ração. Comprei-lhe a primeira coleira. De tão pequeno que era, comprei uma para gatos. Vermelha pois claro. Sabiam que o Bond é do Benfica? Nasceu preto, gordo e rafeiro, filho de pai incógnito como tantos filhos da puta que por ai andam. Mas o Bond lixou-se. Era preto, gordo, rafeiro e mesmo no mundo dos cães, as ondas partem sempre para o mesmo lado. Os verdadeiros filhos da puta safam-se, ou outros, sejam rafeiros, gordos ou pretos, lixam-se. E o Bond lixou-se. A doença tirou-lhe o brilho dos olhos, os medicamentos roubaram-lhe a agilidade e amanhã despedimo-nos.
O Bond tem um irmão surfista. Queixa-se o dono das pranchas destruídas e que se arrepende do dia em que levou o Bernie às ondas e lhe mostrou que, com as quatro patas em cima daquele estranho objecto branco, se conseguia caminhar sobre as águas. Depois desse dia, na casa do Bernie, as pranchas passaram a ser guardadas no topo dos móveis. Fibra que ficasse no chão, era alvo de ataque das patas do Bernie que, desesperado, esgravatava para a tentar fazer andar.
Mas o Bond tem alma de Bodyboarder. Na praia, não havia onda que o assustasse. Por maior que fosse o closeout, por mais pequeno que ele fosse ou por mais espuma que houvesse, a reacção era sempre a mesma: saltar, nadar e, invariavelmente, regressar embrulhado numa espuma até à areia. Sempre de cauda a abanar. Amanhã, despedimo-nos, mas antes vamos às ondas. Se quiser, deixo-o esgravatar a minha prancha. Foi cara, está nova e deve ficar inutilizável, mas não quero saber. No final do dia, quando regressar a casa, não será um naco de PP rasgado que me vai entristecer. Afinal as ondas partem sempre para o mesmo lado e bem pior que surfar numa prancha estragada será não ter o preto, gordo, rafeiro à minha espera para me tentar comer os pés de pato.
Bons Tubos Bond