Backstage
Bons Tubos
quarta-feira, 28 de dezembro de 2011
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
Obrigado
Longe de ser católico, mesmo muito longe de ser católico, hoje dei por mim a agradecer a alguém. Não sei bem a quem, mas hoje agradeci.
Ás vezes é mesmo preciso fugir e hoje aterrou-se ali para os lados da mais estimada esquerda da região Oeste. Vedeta na cena do surf internacional e ferozmente guardada por locais, a verdade é que são raras as verdadeiras sessões gourmet. Mas hoje a sessão foi gourmet.
Entre cães de guarda e visitantes, deitados e em pé, bons ou muito bons, o crowd até estava agressivo, mas quando uma sessão começa com um tubo e acaba com a maior do (meu) dia, é mesmo preciso agradecer.
Hoje, agradeci. E poucos sabem como eu estava a precisar de agradecer. A alguém, aqui fica um grande Obrigado pela melhor prenda deste Natal.
Supertubos
Ás vezes é mesmo preciso fugir e hoje aterrou-se ali para os lados da mais estimada esquerda da região Oeste. Vedeta na cena do surf internacional e ferozmente guardada por locais, a verdade é que são raras as verdadeiras sessões gourmet. Mas hoje a sessão foi gourmet.
Entre cães de guarda e visitantes, deitados e em pé, bons ou muito bons, o crowd até estava agressivo, mas quando uma sessão começa com um tubo e acaba com a maior do (meu) dia, é mesmo preciso agradecer.
Hoje, agradeci. E poucos sabem como eu estava a precisar de agradecer. A alguém, aqui fica um grande Obrigado pela melhor prenda deste Natal.
Supertubos
domingo, 18 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
Promessa Cumprida, by Mr Charles
"O nosso desporto precisa de um Kelly Slater" dizia Nuno Trovão durante os ISA World Bodyboarding Games dominados pelos franceses e com Pierre-Louis Costes a explicar a todos os que estavam ali, em La Guancha, que o seu encontro com a História estava, finalmente, a chegar.
Um encontro que, todos sabíamos seria cerca de um quilómetro à direita de onde estávamos. El Frontón.
A primeira vez que vi PLC foi numa Vert. O rapaz teria cerca de 14 anos e ainda andava de prancha RIP. Um 360 aéreo ofensivo para as leis da gravidade. Um pouco por todo o lado já se ouvia falar do pequeno francês que seria campeão do Mundo.
O talento estava lá, sem dúvida. Mas campeão do Mundo?
Saltemos uns anos. A RIP trocada por uma VS e uma final do Circuito Mundial em Pipeline. Ryan Hardy saíria vencedor mas a manobra daquela final foi um invert gigante do puto francês para Backdoor. Sem medo. Com fome.
A mesma fome expressa numa entrevista filmada na sua França natal em jeito de rescaldo da final: "Ryan já esteve na posição de finalista várias vezes e ele sabia o que fazer para ganhar."
Mais um salto. Pierre ganha no Peru com um backflip numa onda pesada com uns dois metrões. Sem palavras. Afinal, o puto ganha campeonatos. Mas ainda não é um GSS...
Entretanto, Amaury vence o título mundial. Na sombra, não é difícil perceber o misto de alegria e fome invejosa ou inveja esfomeada. O puto foi segundo do Mundo. Mas não chega.
Em 2011, a mudança de patrocinador principal, uma relação sólida com uma portuguesa, a mudança para Portugal. Demasiadas mudanças? O ano não começa bem. Pierre usa e abusa dos backflips sem critério. Os juízes sabem que PLC consegue sacar aquela manobra dentro de um alguidar e de olhos fechados. As notas não saem, os resultados sofrem.
Não, não parecia ser 2011 o ano...
Mas, confesso que nem sei bem onde, Pierre mudou. Os backflips começaram a sair menos. A variedade e a qualidade suplantou a quantidade. O sinal definitivo que algo havia mudado e que o talento tinha amadurecido chegou em Puerto Rico.
Parecia impossível mas esta era a primeira vitória GSS do puto francês. De Puerto Rico, passou ao GQS dos Açores. Vitória. Depois, Canárias. O mapa estava certo. A vontade e o talento também. Vitória com 19,00 pontos na final Open dos World Bodyboarding Games.
Frontón. Mundial IBA GSS.
Jeff Hubbard cai; Ryan Hardy também. PLC passa.
Dia D: Mensagem do local: "10 pés, prós borrados". O palco estava montado. PLC e a História como protagonistas. Jared Houston como figurante.
Mas estava escrito. Os braços estão no ar e as t-shirts saem para fora dos sacos: PLC campeão do Mundo. Festa, lágrimas da portuguesa Rute Penedo. O cheiro de champanhe perpassa as colunas do computador. No meio disto tudo, uma imagem e uma frase:
Um puto de cabelos negros a voar numa RIP azul e larga. "O nosso desporto precisa de um Kelly Slater"
Bons Tubos
Azia II
Já por aqui o escrevi mais que uma vez: acho que o Pierre tem tudo para vir a ser, não mais um campeão do Mundo, mas um nome enorme na história do nosso desporto. Por aqui, também já escrevi que sou fã incondicional do Hubbard. Posto isso, e porque nesta altura me parece que este campeonato teve os juízes mais tendenciosos de que me lembro, vou pedir a um amigo, que alguns de vocês conhecerão, para escrever aqui um post sobre o Pierre.
Posto isso, visto que o próprio não tem culpa nenhuma dos (não) critérios dos juízes e que até ganhou o Mundial com um grande tubo, aqui ficam os sinceros parabéns ao Pierre Louis Costes pelo título Mundial.
... mais novidades dentro de momentos.
Bons Tubos
Posto isso, visto que o próprio não tem culpa nenhuma dos (não) critérios dos juízes e que até ganhou o Mundial com um grande tubo, aqui ficam os sinceros parabéns ao Pierre Louis Costes pelo título Mundial.
... mais novidades dentro de momentos.
Bons Tubos
segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
Azia
Como estou a recuperar da azia e como não vi o heat do Hubbard. Fica o relato do Mccarthy.
Primeiro sobre os 0.30 que faltaram ao Hubb.
"Mark Mccarthy
How's that score for the last ars of Hubb? Should of been at 6.5 @iDaveWinchester"
Depois ... sobre os (três) tubos que o desgraçado do canário mandou na última onda.
"Mark Mccarthy
10pts for Elliots last wave @ibaworldtour @iDaveWinchester ??"
E acrescento o comentário de um tal de Matthew Lackey
"how in hell did Elliot NOT get the score for that barrel!!??????"
Bons Tubos.
Primeiro sobre os 0.30 que faltaram ao Hubb.
"Mark Mccarthy
How's that score for the last ars of Hubb? Should of been at 6.5 @iDaveWinchester"
Depois ... sobre os (três) tubos que o desgraçado do canário mandou na última onda.
"Mark Mccarthy
10pts for Elliots last wave @ibaworldtour @iDaveWinchester ??"
E acrescento o comentário de um tal de Matthew Lackey
"how in hell did Elliot NOT get the score for that barrel!!??????"
Bons Tubos.
sábado, 10 de dezembro de 2011
Pipe Masters
Numa altura em que as horas de espera pelos heats decisivos no Fronton parecem absurdamente longas, em que quase se torna impossível não imaginar o backflip com que o Pierre entra para o clube dos campeões, a vista do andar onde o Hubbard foi mandar o ARS decisivo ou de que minuto do heat o Hardy precisa para chegar a primeiro.
Mas não somos os únicos em tensão. Lá para os lados de Pipe, os mestres dos bípedes lutam por um dos troféus mais desejados. Em pé ou deitado, os Pipe Masters pertecem a numa classe à parte e entre a tropa da ASP não falta que more na praia. Um festim perfeito para quem desespera por uma final.
Um australiano "cool", um francês imprevísivel e um havaiano à procura do hat trick, numa onda que todos gabam. Do lado de lá, Pipe. Depois de um primeiro dia com 15 pés de "pumping pipe", na final foi a 'segunda linha' que me fez cair o queixo. Nós por cá, na galáxia temos o Rigby. Por lá, anda um John John Florence que surfou Pipeline como eu há muito não via e um Gabriel Medina de que já todos têm medo. Depois, além dos O'brien, dos Dorian ou dos Burrow, há uma classe de senhores. Slater. São onze títulos mundiais, um talento verdadeiramente único e um lugar inquestionável no trono dos melhores atletas de sempre. E os juízes sabem-no. Só com um tubo nota dez - os juízes não concordaram comigo - o Parkinson mandou-o para a areia. "Its the best thing you could do", desabafou o australiano...
Mas a vida é dura e Parkinson nem teve direito ao "momento pós heat"?
- "Kelly, i have to ask you. What about next year?"
- "Well. I requalified..."
Mas a realidade é dura e, por mais que surfem, a cabeça não mora em Pipe. Menos rápida, mais agreste e, salvo erro, com as pedras bem mais destapadas, é em El Fronton que a coisa se decide. Será que é este desta que se ganha uma final com um invert para reverse? A espera é longa ...
Desculpem o fim abrupto. Mas vou ali ao lado, até aos de lá. Os bípedes estão a chegar à final - Parkinson contra Michel Bourez ou Kierem Porrow. O meu palpite? Os juizes não lhe deram os dez nem os senhores da ASP lhe deram o "Momento Pós Heat", mas se ainda há justiça no Mundo, o tubo nota dez tem de valer o título de Pipe master ao Parko.
Até já
Bons Tubos
Mas não somos os únicos em tensão. Lá para os lados de Pipe, os mestres dos bípedes lutam por um dos troféus mais desejados. Em pé ou deitado, os Pipe Masters pertecem a numa classe à parte e entre a tropa da ASP não falta que more na praia. Um festim perfeito para quem desespera por uma final.
Um australiano "cool", um francês imprevísivel e um havaiano à procura do hat trick, numa onda que todos gabam. Do lado de lá, Pipe. Depois de um primeiro dia com 15 pés de "pumping pipe", na final foi a 'segunda linha' que me fez cair o queixo. Nós por cá, na galáxia temos o Rigby. Por lá, anda um John John Florence que surfou Pipeline como eu há muito não via e um Gabriel Medina de que já todos têm medo. Depois, além dos O'brien, dos Dorian ou dos Burrow, há uma classe de senhores. Slater. São onze títulos mundiais, um talento verdadeiramente único e um lugar inquestionável no trono dos melhores atletas de sempre. E os juízes sabem-no. Só com um tubo nota dez - os juízes não concordaram comigo - o Parkinson mandou-o para a areia. "Its the best thing you could do", desabafou o australiano...
Mas a vida é dura e Parkinson nem teve direito ao "momento pós heat"?
- "Kelly, i have to ask you. What about next year?"
- "Well. I requalified..."
Mas a realidade é dura e, por mais que surfem, a cabeça não mora em Pipe. Menos rápida, mais agreste e, salvo erro, com as pedras bem mais destapadas, é em El Fronton que a coisa se decide. Será que é este desta que se ganha uma final com um invert para reverse? A espera é longa ...
Desculpem o fim abrupto. Mas vou ali ao lado, até aos de lá. Os bípedes estão a chegar à final - Parkinson contra Michel Bourez ou Kierem Porrow. O meu palpite? Os juizes não lhe deram os dez nem os senhores da ASP lhe deram o "Momento Pós Heat", mas se ainda há justiça no Mundo, o tubo nota dez tem de valer o título de Pipe master ao Parko.
Até já
Bons Tubos
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
One down ...
É uma verdade universal: a dor faz parte do crescimento. Seja a adolescência, a escalada profissional ou, neste caso, na afirmação de um desporto, crescer custa muito. Dá trabalho, dissabores e, frequentemente, dói. No final de um ano em que o nosso desporto cresceu como nunca, ficam algumas dores.
A primeira e talvez a maior é a exclusão de atletas portugueses da elite mundial. Mas a essa, irei mais tarde ... A segunda, é a saída de cena de alguns dos históricos da modalidade. Primeiro o Damian King e agora o Mike Stewart, também não sobreviveram. É impossível prever se o aussie volta. Durante dois anos batalhou por resultados que nunca apareceram e a mim parece-me que teria de reiventar o seu surf para voltar a brilhar entre os tops. Stewart, arrisco, não volta. Os 49 (?) anos pesam, as costas já não estão para backflips e a concorrência, mesmo agradecendo as dicas, não facilita. Certamente que os voltaremos a ver surfar - isso sim serão wildcards bem empregues! - mas regularmente, a lutar por posições no ranking, duvido ... Ficam as dores de um desporto em que o nível subiu, cresceu, a um novo patamar.
Hoje, o melhor bodyboarder de sempre perdeu a oportunidade de selar o seu sétimo título Mundial. Não vi o heat que o nosso Gastão venceu, mas conheço os seus efeitos: restam três candidatos a campeão. Não sei se será dor de crescimento, mas no Fronton a IBA alterou as regras para garantir que os candidatos só se encontram na final ... Sabendo que o Hardy é tudo menos fácil de eliminar, que o Pierre passou todo o ano a elevar o seu nível de surf e que o Hubbard é o melhor bodyboarder do Mundo, com ou sem regras novas, o espectáculo está garantido.
Bons Tubos
A primeira e talvez a maior é a exclusão de atletas portugueses da elite mundial. Mas a essa, irei mais tarde ... A segunda, é a saída de cena de alguns dos históricos da modalidade. Primeiro o Damian King e agora o Mike Stewart, também não sobreviveram. É impossível prever se o aussie volta. Durante dois anos batalhou por resultados que nunca apareceram e a mim parece-me que teria de reiventar o seu surf para voltar a brilhar entre os tops. Stewart, arrisco, não volta. Os 49 (?) anos pesam, as costas já não estão para backflips e a concorrência, mesmo agradecendo as dicas, não facilita. Certamente que os voltaremos a ver surfar - isso sim serão wildcards bem empregues! - mas regularmente, a lutar por posições no ranking, duvido ... Ficam as dores de um desporto em que o nível subiu, cresceu, a um novo patamar.
Hoje, o melhor bodyboarder de sempre perdeu a oportunidade de selar o seu sétimo título Mundial. Não vi o heat que o nosso Gastão venceu, mas conheço os seus efeitos: restam três candidatos a campeão. Não sei se será dor de crescimento, mas no Fronton a IBA alterou as regras para garantir que os candidatos só se encontram na final ... Sabendo que o Hardy é tudo menos fácil de eliminar, que o Pierre passou todo o ano a elevar o seu nível de surf e que o Hubbard é o melhor bodyboarder do Mundo, com ou sem regras novas, o espectáculo está garantido.
Bons Tubos
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
The showdown
Mais cedo ou mais tarde, teria de terminar o melhor mundial de que há memória nos 40 anos do nosso desporto. Com o final chegarão, espero, as garantias de uma próxima época ainda melhor, mais profissional, com webcasts e divulgação afinadas e, se for possível, com melhores ondas e melhores atletas. Mas há um ponto em que é, impossível melhorar: o showdown final. Este ano, o título decide-se na melhor onda do Mundo para bodyboard e na corrida estão só os meus bodyboarders favoritos.
Vejo Hubbard como o melhor do Mundo. Vejo Pierre como o mais sério candidato ao Olimpo a aparecer desde os títulos mundiais do Player. Vejo o Hardy como o equivalente aquático da selecção brasileira de 1982 - nunca mais ninguém jogou futebol assim e duvido que alguém o consiga repetir - e entrego, conscientemente e disposto a defender a opinião, o título de melhor bodyboarder de todos os tempos ao GT.
Dirão, o Hubbard não é o melhor do Mundo. Direi que estão enganados. No nível galáctico a que se disputa o nosso Mundial, o havaiano voador é dos poucos com manobras a que poucos chegam e, arrisco, o único capaz de conseguir notas superiores a 5 com manobras falhadas. Se tem aterrado o reverse em Puerto Rico quanto lhe dariam os juízes? 12? Não bastasse o facto de, afinado, ser virtualmente impossível de derrotar, Hubb vai tentar agarrar o terceiro caneco na onda onde, no ano passado, despachou tudo e todos ainda meio lesionado.
O Pierre tem a moral, a elasticidade e o talento dos grandes campeões. Mas mais que isso, é profissional. Não facilita nas entrevistas, sabe como trabalhar a imagem e na água nunca deixa que o seu nível seja colocado em causa. No arranque da temporada perdeu pontos ao abusar em backflips forçados, mas a forma na recta final não é nada menos que aterradora. Será que consegue virar a tabela e ultrapassar o havaiano voador?
Hardy. Há quem jogue bonito, quem jogue eficaz e até quem jogue feio. Marcações, provocações e dropinanços, vimos de tudo na temporada mais profissional de que há memória no nosso desporto e esse não é o ambiente natural do homem com o bodyboard mais bonito que conheço. Um talento sobrenatural e uma capacidade absurda de encaixar manobras atrás de manobras sem nunca perder a compostura, fazem de Hardy um dos melhores bodyboarders do Mundo. Tal como o Rob Machado, o seu equivalente bípede, Hardy não precisa de títulos mundiais para manter o estatuto e sabe-o melhor que ninguém. Será esse o seu calcanhar de aquiles? Estarei enganado e é no Fronton que se junta ao King e ao Player?
O melhor de sempre. Nasceu numa altura em que Stewart era Rei, em que os mundiais se disputavam quase exclusivamente no quintal do rival e em que os patrocinadores lhe eram pouco simpáticos. Destruiu o "tio", destruiu o Eppo, venceu seis mundiais e terminou outras tantas temporadas em segundo. Mas tem um handicap: é brasileiro, provavelmente a nacionalidade menos "cool" do nosso desporto, a mais sujeita a preconceitos saloios normalmente disparados de nações com bem mais mania que títulos. É capaz de derrotar os três candidatos para juntar mais um título ao currículo? Evidente. Sobretudo quando a final é disputada numa onda onde a coragem, a inconsciência e capacidade de fazer manobras onde todos os outros se encolhem vale pontos. Muitos pontos.
Não sou, honestamente, capaz de escolher um favorito. Diz a aritmética que o Hubbard é favorito e que o PLC está perto. Diz a aritmética que Hardy e GT terão de ter os astros bem alinhados para sair das Canárias com o maior dos canecos da história do nosso desporto. E eu fico num dilema. Se o Hubbard é o melhor do Mundo, o GT o melhor de sempre, o Hardy o dono do Bodyboard mais bonito que alguma vez vi e o PLC o puto que vai carregar o nosso desporto para um novo patamar, porque quem torço? Com a certeza que será impossível entregar mal este caneco, ficarei a torcer pelo nosso Bodyboard.
Deixo-vos com a banda sonora que eu escolheria para o showdown final.
Bons Tubos
Vejo Hubbard como o melhor do Mundo. Vejo Pierre como o mais sério candidato ao Olimpo a aparecer desde os títulos mundiais do Player. Vejo o Hardy como o equivalente aquático da selecção brasileira de 1982 - nunca mais ninguém jogou futebol assim e duvido que alguém o consiga repetir - e entrego, conscientemente e disposto a defender a opinião, o título de melhor bodyboarder de todos os tempos ao GT.
Dirão, o Hubbard não é o melhor do Mundo. Direi que estão enganados. No nível galáctico a que se disputa o nosso Mundial, o havaiano voador é dos poucos com manobras a que poucos chegam e, arrisco, o único capaz de conseguir notas superiores a 5 com manobras falhadas. Se tem aterrado o reverse em Puerto Rico quanto lhe dariam os juízes? 12? Não bastasse o facto de, afinado, ser virtualmente impossível de derrotar, Hubb vai tentar agarrar o terceiro caneco na onda onde, no ano passado, despachou tudo e todos ainda meio lesionado.
O Pierre tem a moral, a elasticidade e o talento dos grandes campeões. Mas mais que isso, é profissional. Não facilita nas entrevistas, sabe como trabalhar a imagem e na água nunca deixa que o seu nível seja colocado em causa. No arranque da temporada perdeu pontos ao abusar em backflips forçados, mas a forma na recta final não é nada menos que aterradora. Será que consegue virar a tabela e ultrapassar o havaiano voador?
Hardy. Há quem jogue bonito, quem jogue eficaz e até quem jogue feio. Marcações, provocações e dropinanços, vimos de tudo na temporada mais profissional de que há memória no nosso desporto e esse não é o ambiente natural do homem com o bodyboard mais bonito que conheço. Um talento sobrenatural e uma capacidade absurda de encaixar manobras atrás de manobras sem nunca perder a compostura, fazem de Hardy um dos melhores bodyboarders do Mundo. Tal como o Rob Machado, o seu equivalente bípede, Hardy não precisa de títulos mundiais para manter o estatuto e sabe-o melhor que ninguém. Será esse o seu calcanhar de aquiles? Estarei enganado e é no Fronton que se junta ao King e ao Player?
O melhor de sempre. Nasceu numa altura em que Stewart era Rei, em que os mundiais se disputavam quase exclusivamente no quintal do rival e em que os patrocinadores lhe eram pouco simpáticos. Destruiu o "tio", destruiu o Eppo, venceu seis mundiais e terminou outras tantas temporadas em segundo. Mas tem um handicap: é brasileiro, provavelmente a nacionalidade menos "cool" do nosso desporto, a mais sujeita a preconceitos saloios normalmente disparados de nações com bem mais mania que títulos. É capaz de derrotar os três candidatos para juntar mais um título ao currículo? Evidente. Sobretudo quando a final é disputada numa onda onde a coragem, a inconsciência e capacidade de fazer manobras onde todos os outros se encolhem vale pontos. Muitos pontos.
Não sou, honestamente, capaz de escolher um favorito. Diz a aritmética que o Hubbard é favorito e que o PLC está perto. Diz a aritmética que Hardy e GT terão de ter os astros bem alinhados para sair das Canárias com o maior dos canecos da história do nosso desporto. E eu fico num dilema. Se o Hubbard é o melhor do Mundo, o GT o melhor de sempre, o Hardy o dono do Bodyboard mais bonito que alguma vez vi e o PLC o puto que vai carregar o nosso desporto para um novo patamar, porque quem torço? Com a certeza que será impossível entregar mal este caneco, ficarei a torcer pelo nosso Bodyboard.
Deixo-vos com a banda sonora que eu escolheria para o showdown final.
Bons Tubos
domingo, 4 de dezembro de 2011
Dislike
Tentei acompanhar o último dia dos campeonatos ISA, mas desisti. É discutível o interesse da competição - um mundial sem os melhores do Mundo é o quê? - as condições - tinha a ideia que o grande 'brinde' deste campeonato era o facto de ser disputado no Fronton ... - e o nível apresentado na água - vi tanto rollo que pensei que estava a ver um filme das minhas férias - mas o que eu já não aguento são comentadores aos gritos, a repetir lugares comuns e incapazes de acrescentar o que quer que seja ao que se vê no webcast. Já não há paciência para tantos "Yewww", "Tudo é possível", "Arriba!!" e uivos - juro que ouvi ladrar ... -, o resto são dores de crescimento de um desporto que celebra o 40º aniversário.
Ficam os parabéns ao grande Porkito. All in all, BRONZE é bronze!
Agora, venha o Grand Flavour El Frónton, quanto mais não seja para ver se o Pierre Louis Costes - que venceu nas Canárias com 19 pontos - está mesmo imbatível.
Bons Tubos
Ficam os parabéns ao grande Porkito. All in all, BRONZE é bronze!
Agora, venha o Grand Flavour El Frónton, quanto mais não seja para ver se o Pierre Louis Costes - que venceu nas Canárias com 19 pontos - está mesmo imbatível.
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