domingo, 30 de outubro de 2011

World Tour - Last Call

As contas foram feitas pelo Ryan Hardy e já confirmadas pela IBA. Um aperitivo perfeito para quem já começa a desesperar por outra etapa...

A duas provas do fim, há um rapaz que tem a faca e o queijo na mão para se tornar no terceiro bodyboarder com mais títulos mundiais. Será a conquista de um lugar na história motivação suficiente para vermos o melhor que o Jeff Hubbard tem para oferecer? Uma inevitabilidade? Espero que sim e estando o "melhor" Hubb na água há duas garantias: bodyboard de luxo e um título no bolso.

Mas enquanto os nossos irmãos bípedes bocejam com mais um título do careca, nós por cá temos uma mão cheia de atletas que ainda podem agarrar o caneco. Com um louvável esforço aritmético - finalmente alguém o fez! - o Ryan Hardy diz que são 12 "contenders". Eu vejo bem menos.

Chamem-lhe a lei da vida, a sobrevivência do mais apto, o que quiserem... O havaiano está para ganhar e neste campeonato duvido que alguém o queira encontrar antes da final. Assim sendo, e controlando as 'figas', vamos partir do pressuposto que o Hubb não acaba abaixo de quinto. Se assim for, o Hardy pode ficar em terceiro. Na prática, para ficar na corrida, Mr Cool tem de vencer e esperar um tropeção do senhor voador.

Mas há mais a quem uma vitória pode abrir a porta a uma final "mundial" em El Frónton. Amaury, Winchester, Tâmega, McCharty e PLC. Todos em posição de virar o jogo. Impossível? Não para Et's.

O Amaury tem o surf mais competitivo quem conheço. Expoente máximo da escola europeia, encaixa inverts nota dez como ninguém e, a responder por campeão, se for provocado não é fácil de controlar. Mas e Tâmega? Com seis épocas fechadas em segundo, melhor que ninguém sabe como a posição é ingrata e a história é mesmo o seu único adversário: sete títulos mundiais para um brasileiro? Já estou a imaginar os títulos da Le Boogie e da Rip Tide: "Grand Slam Tour arranca dentro de dois meses", "Será que El Frónton tem qualidade para a IBA?"

Mas e os outros? Olho para Winchester, McCharty e PLC como favoritos na conquista do próximo caneco e todos parecem estar apenas a adiar o arranque da colecção de vitórias. Resta-nos esperar que decidam começar já a vencer. Nós (quase) pagaríamos para ver ...

Esta é mesmo a Last Call para o título de campeão. Continuarei com o dinheiro apostado no 'cavalo' de sempre. Mas com pena que o Player se esteja a borrifar - parece que ia passar umas semanas sem surfar ... -, pouco crente que o GT consiga voltar a derrotar o Mundo outra vez e a achar demasiado "verdes" tanto o McCharty como o PLC, ainda vejo três "contenders" - Hardy, Winchester e o Amaury. Mas todos, havaiano incluído, têm de se lembrar de que há um ponto em que todos estão de acordo: cuidado com o dia em que o PLC decidir acordar. E se for já?

PIERRE-LOUIS COSTES // SOUTH AMERICA from NΛPCO on Vimeo.




Fecho com um desabafo. Este fim-de-semana vi ondas perfeitas, vi a tropa a aproveitá-las e ... vi tudo da margem. Não me arrependo nada - a vida não são só ondas - mas FODA-SE!

Bons Tubos

terça-feira, 25 de outubro de 2011

World Tour - Os momentos: "minha nossa senhora!".

Não há campeonato sem momentos "Minha nossa senhora!". Seja um ensaio da França contra Nova Zelândia na final de um Mundial de Rugby, seja um golo de cabeça do Zidane ou um backflip do Ben Player. Momentos em que se grita, em que uns celebram e outro lamentam. Momentos que ficam na memória e a quem ninguém fica indiferente. Em que até os não católicos gritam: "Minha nossa senhora!"

Uma dose d'eles.



Transversais como se quer não faltaram "momentos minha nossa sehora" na visita do Dream Tour em Peniche. E os resumos diários do Rip Curl Pro lançaram a polémica entre os nossos com revistas e atletas a deixar a pergunta: se há ondas assim em Peniche, o que fomos fazer para Sintra em Agosto?

Excluindo os engraçadinhos da Le Boogie - esses talvez tivessem lata para o fazer - ninguém discute que a Etapa de Sintra e os seus organizadores merecem ser tratados com reverência pela IBA. Chama-se reconhecimento e só fica bem a quem durante anos teve em Portugal a única paragem estável fora das ilhas.

Mas o nosso querido Bodyboard evoluiu. Com o Mundo a falir, demos o salto e agora queremos profissionalismo, dos juízes, da organização e dos atletas. Queremos boas transmissões e até aceitamos consumir publicidade, mas precisamos de momentos "Minha nossa senhora". Os júris, dizem, estão dispostos a premiar o empenho.



Faltam momentos "Minha nossa senhora" à etapa de Sintra? Faltam, mas há tudo o resto. Organização, exposição mediática, prize money e até uma posição central entre etapas. É certo que não podia estar mais de acordo com as vedetas que começam a exigir surfar as ondas de luxo que temos por cá, mas não percebo a discussão. Não estando os organizadores da etapa Grande dispostos a dar um 'toque' no calendário, o que impede a FPS de começar a tentar organizar uma etapa do GSS mais a Oeste e noutra altura do ano? E se ajudassem os organizadores, por exemplo, do Special Edition a subir a parada?

Nunca como agora, o Mundo precisa de momentos "Minha nossa senhora". Na banca, em São Bento, na água e nas mesas dos gabinetes dos organizadores. Uma coisa dispensamos: piadas de australianos.


Bons Tubos

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um luxo

Foi a etapa do Mundial mais rápida que me lembro de assistir. Três dias, ondas de luxo e os melhores do Mundo prontos para coleccionar notas Dez. Um banquete para quem gosta de ver surfar como mandam os deuses.

E quanto a isso não percebo qualquer preconceito. Um luxo.


Bons Tubos

Não digo mais nada



Vindo do facebook ...

"le BOOGIE magazine
This is happening right now at the Rip Curl Pro, Portugal. Did the IBA World Tour go to the wrong beach?"

e entre os comentários ...

"Jarrod Gibson: that place is bloody amazing! and is pretty much run by bodyboarders. yaaaay bodyboarding"


Está dito.

Bons Tubos

domingo, 16 de outubro de 2011

Special Edition I - Dúvidas.

Dúvidas a propósito de quem ganha o Special Edition ...

A primeira: o PLC já conta como d'A casa?

Em 2007, era ele bebé, e da areia já o PLC me parecia de outra "liga". Como se já fosse membro de um clube onde só cabem quatro ou cinco, o puto francês mostrou-se às centenas na areia e desde esse dia que sei que num dia bom o PLC pode derrotar qualquer bodyboarder.

A segunda: se os nossos surfam assim ...



... como surfará o havaiano que foi criado na esquerda onde todos sonham ir prestar provas? Num Special Editon, fala-se de rampas gigantes, junções pesadas e tubos monstros. Ora se o Hubbard cresceu numa fábrica de tubos comuna e fez vida a elevar, literalmente, o bodyboard a alturas nunca sobrevoadas, estou convencido que podemos estar a dias de ver história.

Última dúvida. Nenhum dos nossos quer fazer de Alex Uranga?


alex uranga mexico by 4per4.wordpress.com from MARTIN on Vimeo.





PS. O Dream Tour está em Peniche e não é segredo que o acho a melhor competição desportiva do Mundo. Atletas, estrutura e nível de produto - seja na transmissão, seja na qualidade absurda da maioria dos atletas - fazem de ver uma transmissão do mundial de surf um verdadeiro prazer para quem gosta de desporto e, ainda mais, para quem gosta de ondas. O Saca voltou a desiludir, mas vi algo muito, muito raro - o Kelly Slater a olhar para a água preocupado. Estava o Gabriel Medina a surfar. Muito e, evidentemente, esfomeado.



Bons Tubos

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O melhor Special Edition da História?

Ora as ondas até podem não ser como as de 2007, mas nesta altura parece-me garantido que este será o melhor Special Edition da história.

Além do Pierre Louis Costes, acabam de ser confirmados um bicho de ondas grandes, Duda Pedra, o campeão do Mundo em título, Amaury Lavernhe, e o melhor bodyboarder do Mundo, Jeff Hubbard.



A orgia pode começar ...

Bons Tubos

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Os Escolhidos

Já todos reparámos neles. Os melhores, no pico não se dá por eles. E é quando descolam que se tornam no centro das atenções.

Os piores acertam no lip. Os médios mandam uns rollos. Depois há quem voe baixinho e quem já mande uns ARS bem mandados Não confundir com os embrulhanços a que se começam a chamar por chamar ARS... Depois aparecem os outros, os que em pleno ar ganham balanço. A raça em que se encaixam reverses em invertidos. Os Escolhidos.

No passeio pelo Palavras, encontrei um video inacreditável. Nem vale a pena comentar A Onda. Os adjectivos são curtos para a descrever e nesta altura já vale a pena perder tempo. É o que é.

Já disse que o vídeo é inacreditável? Depois de um deboche em super slow motion, os anónimos exibem-se numa versão encolhida d'A Onda. E o espectáculo é igualmente arrasador. Todos, sem excepção, da raça escolhida. Todos capazes de aterrar as mais inacreditáveis manobras com uma suavidade inacreditável e sempre com uns bons metros de altura entre a zona de exibição e o ponto de aterragem.





Bons Tubos

Stone

O vídeo do último dia do Nissan Reunion Pro. Ora reparem aos 2.30 e digam-me lá se aquele surf todo no pocket não tresanda a King? Os mais novos sabem escolher ...



Venha o Special Edition!

Bons Tubos

domingo, 9 de outubro de 2011

Orgulho boogie.

Ao contrário dos Pais ou dos Avós, nós tivemos direito a escola, pão, povo e liberdade. E foram 16 anos de escola. "O que queres ser quando fores grande?" À pergunta a que muitos dos nossos pais teriam respondido "livre", nós já escolhíamos as profissões. Médico, engenheiro, arquitecto, publicitário, jornalista, astronauta, bailarino ou gestor de fundos... as opções estavam todas à nossa mercê. Soubesse eu o que sei hoje, teria respondido: Não quero um país falido. Muito menos quero um Mundo falido.

Já estivemos sozinhos no clube dos sem cheta. Era menos mau. Os ricos, bem comportados, compravam-nos autoestradas, construíam-nos centros comerciais e até nos ofereciam empregos. Mas desta vez, é mesmo o Mundo quem está fodido. Pela primeira vez nem os países ricos têm dinheiro. Esse está nas mãos dos privados que durante anos andaram a alimentar. Esse está com quem continua a facturar. E nós? Arquitectos, engenheiros publicitários ou atletas, não só crescemos a ouvir "isto está mal" como agora era o discurso mudou para "nunca esteve pior".

Ainda assim, há quem sobreviva e até quem consiga crescer. Sejam os rapazes que fazem iPads, os que vendem "redes sociais" ou os que têm eólicas, há gente a prosperar. Entre os sobreviventes está o nosso estimado desporto. Nunca como hoje os atletas apresentam trabalho - sejam vídeos, fotos, pranchas ou idas a campeonatos - e nunca como hoje existiu uma organização minimamente funcional. Hoje, vemos os mais novos aussies a dar os primeiros passos, vemos os nossos craques a treinar, seguimos os graúdos "live" e até já há alguns que fazem dinheiro a competir. Um luxo de fazer inveja a muitos engenheiros, arquitectos, operadores de telemarketing ou taxista.

Há mais de quinze a ouvir o discurso da crise e sempre com pés-de-pato por perto, não deixo de ter orgulho em ver que o meu desporto está a conseguir crescer no meio de uma falência global. O caminho ainda será longo, não poderão contar com ajudas externas e ninguém acredita que o cenário melhore, mas cheira-me que é desta que o Bodyboard se faz Crescido.

Nasceu de uma prancha partida, sempre foi alvo de preconceitos, mas nunca perdeu os praticantes dedicados, o reduzido índice de wanna bes. O saldo bancário nunca disse outra coisa que não: Falido. Será esse o segredo? Agora que o Mundo partilha o crónico 'status' económico do Bodyboard, a vantagem fica do lado de quem, no campeonato dos falidos, joga em casa.


Basta olhar para o Grand Slam para ver que no Bodyboard estão a conseguir aproveitar a vantagem de há muito saberem como se sobrevive em falência técnica. E nós por cá? Ainda andamos a votar nos Jardins dessas vidas ... Dá orgulho em ser boogie.



Bons Tubos

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

World Tour - The underdog

É giro falhar previsões. Mais giro ainda é ver um coroado um daqueles underdogs em que ninguém apostaria. Vindo do País Basco, a cumprir um ano de trials, mas já com lugar reservado entre os melhores no próximo ano, Alex Uranga foi Herói nas Ilhas Reunião. Primeiro, limpou a qualificação, depois, mesmo com uma clavícula deslocada e com a cara esmurrada pelas pedras que forram o fundo do pico, com a sua Sniper mandou para casa GT, Novy, Winny e, a dois minutos do fim, o miúdo Stone.
História de gata borralheira tornada cinderela? Certamente. São estas que nos fazem acreditar. Fazem-nos acreditar que Entrudo, Centeno e Pinheiro ainda podem reservar o lugar para a próxima temporada, fazem-nos acreditar que um dia veremos um português a vencer uma etapa do GSS e fazem-me acreditar que um dia vou mesmo acertar um daqueles air reverse que tantos e tantos sacam com uma facilidade quase ofensiva.

Apesar do falhanço, arrisco outra previsão. Chegaram aos quartos-de-final cientes que os quatro primeiros já estavam fora, sabiam que seria impossível ter uma melhor oportunidade para ganhar pontos e relançar a corrida pelo título. Falharam os dois. Arrisco que o Pierre Louis Costes e o Amaury Lavernhe saíram hoje da corrida pelo título mundial.

Deixo-vos com uma novidade.




Bons Tubos

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A vida não é só bodyboard - Os Olga

Vivemos no cú do mundo. Entres os ricos, os mais pobres. Uma posição fodida para se estar. Nem suficientemente miseráveis para ter direito às ajudas humanitárias, nem suficientemente remediados para pagar a edp ao preço da Suiça. Como disse, uma posição tramada para se estar.
em
Ainda assim...

Gosto muito aqui do estaminé. Ainda que com uma boa percentagem de atrasados mentais, isto é sítio de malta rija, boa gente e sempre capaz de surpreender. Na arquitectura, na música, no desporto ou na ciência, volta não volta lá aparece um português a brilhar. Gosto. E a terra é perfeita. Praia Grande, Sesimbra, Ericeira, Guincho ou Peniche. Tudo a menos de duas horas de carro. Um luxo que acabamos por pagar.

É bom quando somos surpreendidos pela qualidade de um dos nossos. Seja em que área for ...



Bons Tubos

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Clash of titans

Com um grande obrigado ao Nuno, aqui está o Super Heat.



Parece que amanhã se disputam os heats decisivos. As minhas apostas estão feitas, mas não posso deixar de assinalar a vitória do Damian King em DK. Sem vergonha, assumiu a felicidade sentida quando viu o Dave Hubbard ser eliminado e por estar de regresso ao círculo dos vencedores. A duas provas do fim, King é provavelmente a maior surpresa entre os atletas com a qualificação em risco no tour do próximo ano. Daqui, fico a fazer figas que esta vitória sirva para despertar um "monstro". Seja por serem dele os melhores comentários nos webcasts, pela boa disposição com que encara o dia-a-dia ou por ser bi-campeão do Mundo, perder o "Joker" seria um enorme rombo.

GO KING!




Bons Tubos

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

World Tour - Super Heat

Hoje de manhã, sentado à espera que os senhores da EPAL me recebessem os euros de mais uma factura em atraso, visitei o facebook. Dizia a IBA que o Hubbard e o Player se iam enfrentar dentro de minutos. Feliz, ou infelizmente, passado o "dentro de minutos" estava sentado no mesmo lugar. À espera. Voltei ao facebook. Tinha ganho o Player. Dizia a IBA que com um backflip a 20 segundos do final. Alguns falavam em dualidade de critérios, outros celebravam e ainda havia quem, como eu, lamentasse. Pessoalmente, lamentava mais o facto de não ter assistido "live" que o resultado propriamente dito.

Este é o ano em que o Hubbard tem de completar o hat trick. A época em que a conversa dos "aussies" é finalmente enfiada no saco. Será no ano de estreia dos verdadeiros "Grand Slam" que o Hubbard se senta no pódio com os outros dois que conseguiram mais que três títulos mundiais (Curiosamente, nenhum australiano). Sintra foi "carta fora do baralho", mas hoje o havaiano não devia ter perdido. Bem feitas as contas, perdeu para um backflip do Player a 20 segundos do final do heat. Alguém o pode culpar? Parece que foi vítima da maldade com que no arranque do ano, em casa, despachou o puto Rigby. Karma? Ou, bem pior para as contas, será que o Player acordou?


Um duelo inédito e resolvido um backflip do Player, um "finish him" no Hubbard em ano de luta pelo título? São duas da manhã, fartei-me de fazer visitas ao site e nada. Não encontro revista, marca ou atleta que tenha um video do dia. Cá por fora, com os organizadores à cabeça, alguém se devia aperceber que estamos no século XXI, a era das novas tecnologias. Na água, há muito que os heróis entraram.

ONDE ESTÁ O VIDEO DO SUPER HEAT?

Esperem ... a IBA actualizou os vídeos.



Na água? Arrisco uns palpites. Ainda não é este ano que o Novy ganha uma etapa, mas o Uranga, o Stone e o Florentin não estão muito melhor. Diria que serão vitimas colaterais. Winny, PLC, Player e o campeão Amaury. Quem ganha?

Dando Winny Vs Uranga ou Novy nas meias. Parece-me certo que o "pai mais cool do Mundo" está na final. E a outra? Amaury Vs Player? Ou é desta que o PLC entra no Mundial? Bonito era. E o Player? Ainda ninguém me mostrou o "finish him" que deu no Hubbard, e está longe de ter feito um caminho regular até aqui. Perdeu com o Winny e com o Tâmega, mas de repente limpou o Hardy e, já no "mano a mano", o havaiano. Acordou e traz o caneco?

ALGUÉM QUE ME MOSTRE O FILME DO SUPER HEAT!!!!

Bons Tubos

domingo, 2 de outubro de 2011

Campeões

Parece que ganhámos o Campeonato Europeu de Surf pela terceira vez em seis anos. Sendo sempre bonito limpar franceses e espanhóis, não sei quanto vale o caneco. Um resultado que há anos os nossos conquistam e que os louros são entregues aos rapazes das quilhas. Um resultado que não vejo capaz de fazer carreiras ou de dar estatuto quando o heat a ganhar for em Pipe. Ainda assim, um resultado que gostei de ver os nossos conseguir. O Centeno, o Pinheiro e a Catarina Sousa merecem.

Mas está a decorrer uma etapa de Grand Slam... Por imperativo de patrocinadores, de estratégia competitiva ou moral, a verdade é que tanto o Centeno como o Pinheiro voaram rumo à Irlanda. Boa ou má estratégia, só futuro dirá. Agora, todos os olhos se voltam para as Ilhas Reunião.

O senhor da casa já empochou um 10 - consta que foi de Invert - mas está atrás do PLC, do Winny e do Houston. A precisar de vencer estão o Hubbard, o GT, o McCharty e, desesperadamente, o Player. Entretanto, o nosso Entrudo, fez dois 4º. No topo, ou um pouco mais cá em baixo, uma classificação muito perigosa a duas etapas do fim.

Entre nós, ainda vivemos em sistemas experimental. Porque não dão os títulos europeus acesso ao Grand Slam? Porque não simplificar as contas? E regular os wild cards? Os nossos primos, aqueles que eu há muito sugiro como exemplo, vivem outros problemas. Entre eles, o problema é que quem investe não tem as ondas no topo da lista de prioridades e pela ASP ouvem-se gritos a pedir mudanças. "Tenis wannabes"

Uma entrevista com huevos

Bobby Martinez- Speaking His Mind from FTW on Vimeo.




São mau exemplo? Tal como todos os outros modelos de competição, tem virtudes e defeitos, mas estão milhas na escala evolutiva. Podemos aproveitar o caminho para ir aprendendo em vez de copiar sem critério.

Mais uma semelhança? Tanto lá como nós por cá andamos a lutar para nos mantermos entre os melhores. Mas, estranhamente, este ano é o Saca quem tem a melhor época. Nós por cá, ainda andamos às apalpadelas.

Bons Tubos