Terá sido isso que matou Maradona. Jogava numa dimensão diferente de todos os outros, a ele as regras da física não se aplicavam, a ele os adversários não conseguiam copiar, a ele a bola obedecia como a nenhum outro. Por falta de adversários à altura ou falta de consistência psicológica, não conquistou todos os títulos que podia ter conquistado. A indisciplina colocou-o fora do Barcelona, a droga afastou-o dos maiores relvados do Mundo e, no limite, do último Mundial onde foi marcar golos.
Hubbard não será o melhor bodyboard de todos os tempos. Esse caneco está com Tâmega que, mesmo que doa aos mais novos, tem seis títulos mundiais, seis vice-títulos e um incontável número de vitórias e lições, de surf, garra e persistência que envergonham a esmagadora maioria dos candidatos a esse estatuto. Maradona foi o melhor jogador da história? O Pelé fez mais golos, Ronaldo tem mais mundiais e o Messi ameaça apagá-los a todos. Em comum, o facto de não terem adversários à altura e fosse a bola o seu desporto, Hubbard estaria entre eles.
Sem habilidades dos júris, sem maldições de ondas ou um ataque dos imponderáveis que também dão encanto ao desporto, ganha. Surfa mais que todos os outros, faz o que mais ninguém consegue fazer e em condições normais é dele a vitória em todos os campeonatos em que entra. Quem disputa o heat pouco interessa, Hubbard compete sozinho.
Em Puerto Rico, o Assassino Sorridente voltou ao lugar que é seu por direito. Limpou quem apareceu pelo caminho, fez um 9 que devia ter sido dez e a meio da final já o bravo Quinonez estava na "combo land" para onde Hubbard se habituou a mandar os adversários.
Depois de Winchester ter passado um quarto da época a ganhar e outro quarto a celebrar um título que ainda não estava assegurado, Hubbard passou para a frente da tabela e o título voltará a ser decidido no Fronton, a onda que muitos chamam "Pipeline do Bodyboard". O palco perfeito para o melhor conquistar o terceiro título mundial da carreira ou para Winchester conseguir a sua vitória mais importante: adiar o inevitável terceiro título mundial do melhor bodyboarder do Mundo. Esse título ninguém lhe rouba.
Bons Tubos
O Fronton é o "Pipeline do Bodyboard"? Heresia! Pipe é Pipe! O Fronton pode beneficiar da moda por ser mais recente no calendário e no panorama da modalidade, mas não tem o peso histórico e o simbolismo de Pipe.
ResponderEliminare pensar que esse ano o GT tem resultados expressivos, mais que o Pierre teve ano passado para levar o caneco, não tem mais chance pois Winny e Hubb estão a beira da perfeição!
ResponderEliminarTambém acho que o Jeff é disparado o melhor bodyboarder da atualidade, tanto em free surf quanto em competição. Acho muito difícil o Winny ganhar o campeonato, tem que melhorar um 3o lugar. Se ganhar em Fronton, Jeff não pode estar na final. Se tirar segundo, tem que torcer para que o Jeff perca nas quartas. Quem diria que o Winny ficaria nesta situação. Como diz o GT, pra ser campeão mundial tem que fazer justiça com as próprias mãos e foi exatamente isso que fez o Jeff.
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