sábado, 18 de fevereiro de 2012

IBA World Tour 02 - Jeff Hubbard



Nos quartos-de-final, Ben Player, Guilherme Tâmega e Jared Houston. Na meia-final, a Player juntara-se-iam o David Winchester e o mano Dave Hubbard. Na final, Mike Stewart e Sam Bennet juntavam-se a Winny para tentar o que ninguém conseguiu: ameaçar Jeff Hubbard.

Mike Stewart, mostrou que em casa o peso da idade se dilui e 'matou' o campeão Pierre Louis Costes nas meias-finais. Winchester confirmou o estatuto de front runner entre a troupe australiana, enquanto um jovem Sam Bennet se apresentou aos grandes. Mas na água, andou sempre um "Assassino Sorridente".

Nos quartos, passou com o melhor Air Reverse do campeonato que lhe valeu o 9.8 - seria um DEZ fosse a nacionalidade outra - e uma onda média - 9.15 - mas viu o Backflip perfeito com que o Player eliminou GT nos últimos segundos e não descansou. Nas meias finais, arrancou com um 9.4, fechou com um 9.9 e tornou tudo mais evidente: não só os juízes não lhe dariam um dez, como na água ninguém o conseguia agarrar. É humano fazer dois heats consecutivos contra o Ben Player, ganhar e sempre com notas acima de 9? A resposta é simples. Não só não é humano, como é evidente que em Pipe perfeito Jeff Hubbard é invencível. Player percebeu-o, conformou-se e já nem surfou na sua meia-final - ficou em branco durante os primeiros 15' e só fez uma onda digna do seu nome.

Na outra meia final, a história foi igualmente simples. Durante todo o campeonato, o PLC surfou e surfou muito, mas os "donos da praia" nunca facilitaram. O francês apareceu confiante e com surf de campeão, mas também ele se despediu em 'combo' face a um Mike Stewart de gala. Na meia-final, assistida entre amigos e na companhia de uma bela garrafa de Famous Grouse, a ideia passou-me pela cabeça: "E se o 'tio' ganhar isto?"

Vindo de um final de época aziago e a tentar afastar a pressão de apresentar resultados, Hubbard voltou a provar que é mesmo de uma raça à parte. Contra os juízes, sempre contra os juízes, na final fez a sua onda mais fraca - um nove - e outra média - um 9.65 -, mais que suficientes para fechar o campeonato com o segundo classificado na célebre Terra do Combo.

Se Mike Stewart surpreendeu ao voltar a mostrar que nem só de complexas acrobacias se faz Bodyboard de luxo - uma lição para os que forçam cambalhotas -, se o Pierre mostrou surf mais que suficiente para acabar a época na mesma posição em que chegou a Pipe e se o Winchester se afirmou como o "last aussie standing", foi Hubbard quem deixou o mais sério aviso. Aos 36 anos, sabe que não terá muito mais temporadas para tentar o que há muito lhe é devido: o terceiro caneco, o título que o afastará definitivamente dos outros "bi-campeões" do nosso desporto e que o colocará no clube de Stewart e Tâmega.

Por mim, assim os webcasts da IBA o permitam, ficarei deste lado a torcer pelo melhor bodyboarder do Mundo na luta contra adversários e contra os juízes que não foram capazes de dar um dez ao bodyboarder que, no melhor campeonato que se fez em Pipeline desde 1994 (palavra de Kainoa McGee), desfez a concorrência com requinte de Assassino Sorridente.

Fossem dele, os amigos do Dino Carmo e ontem a frase do dia em Pipeline teria sido: "XAU PRIMO!"

Enquanto não chega o vídeo da final, fica o segundo dia.



Bons Tubos

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