terça-feira, 7 de setembro de 2010

Teoria da comunicação

Numa das visitas diárias ao Palavras com Sal, li um post sobre a ausência de impacto mediático das actividades dos nossos Bodyboarders e, neste caso, sobre o facto dos heróis que surfaram a braços as ondas que os surfistas celebraram terem surfado em tow in.

Aqui, o problema é o mesmo que, acho, afecta os rapazes da competição. Excesso de desculpas. Uns choram, eventualmente com razão, a falta de patrocinadores a sério. Outros, a falta de dinheiro para ir aos campeonatos. Agora, outros choram a falta de exposição mediática.

Eu, que até sei bem o que custa fazer uma notícia de Bodyboard, tenho de voltar à carga. É certo que no surf, há dinheiro que sobra para pagar a agências de comunicação, fotógrados, helicópteros e afins. Quando assim é, meus amigos, é garantido que a notícia aparece. Porque se escreve a ela própria, porque há imagens para encher uns minutos de televisão, porque toda a gente gosta de ver ondas grandes, enfim ... porque sim.

É evidente que no dia em questão, um jornalista competente teria ido saber quem eram os 'pontinhos' que também por ali andavam. Agora amigos, vamos lá deixar-nos de desculpas. Não há pro neste país que não tenha um amigo fotógrafo, alguma alma amiga que lhe saiba escrever um parágrafo ou que garanta que a aventura sai na VERT. O que não pode acontecer, e repito que sei do que falo, é receberem chamadas a perguntar como foi, quem estava ou como correu e a resposta ser: "Epá não temos é imagens." O que não pode acontecer é termos, de longe, os maiores big wave riders do país e sempre que há Odisseias, as imagens demoram meses a aparecer. É certo que as agências de comunicação estão a matar o jornalismo, mas a demora na divulgação é um tiro certo no impacto mediático. Um exemplo? "Ontem, dois bodyboarders entraram na Praia do Norte com ondas de dez metros e deixaram Mike Stewart na areia a ver" ou "Há três meses ..." Get it?


As diopterias são bem mais nocivas que a falta de orçamento.


Bons Tubos

2 comentários:

  1. nem mais..tocaste no ponto, devias por esse texto como resposta no palavras, talvez ajude a compreender que nao vale a pena lamentar, mas sim agir.

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