Iba World Tour - Respeito

Tenho mais anos de Bodyboard do que gosto de somar. Porque me dizem que podia andar a mandar inverts na Cova com dois metros, a sacar tubos intermináveis nos Super ou a partilhar as sessões em que o Porkito se dedica ao drop knee na Praia do Norte. É escusado mentir - não faço nada disso. Estarei pouco acima da média de um dia normal num pico bom, mas há coisas que os anos, ou as milhas em remada, me ensinaram - respeita e serás respeitado.

É com essa regra que há anos surfo nos Super sem ter stress com os locais, é com essa regra que não me deixo dropinar (além do razoável) e é essa a regra que vejo como de Ouro. Na vida, nos picos mais concorridos ou nos campeonatos da elite, é a regra que faz a diferença.

Não é segredo que estou longe de ser o maior fã da trupe aussie e, sobretudo, que vejo no Guilherme Tâmega o melhor bodyboarder da história. São seis títulos mundiais, seis vice e dezenas de momentos que ninguém esquece. Para compensar, já assisti a quase tantas as provas de desrespeito - a mais recente, não  riam, foi a de um rapazito australiano que decidiu começar a "assinar" GT - ao brasileiro que nunca recebeu o crédito devido e que este ano não teve condiço€s para voltar a ser candidato ao título Mundial.

Tal como sobrevivo sem conseguir competir com o reportório dos locais, também o Tâmega há muito que ganhou o respeito dos "cool", dos que têm as pranchas forradas de autocolantes dos que são os "melhores do mundo" mesmo que nunca tenham ganho um dos canecos de que o Tâmega tem ... seis. Mais que isso, mesmo que os media insistam nos lugares comuns, há muito que todos os que apontam às vitórias o sabem: se estiver na folha dos heats, o GT é sempre candidato.

A preparar as espingardas para Arica, o Winny não deixa de fazer o aviso: na água estará um bicho muito perigoso. O GT falhou a Box, mas estará em Arica e para ganhar, reconhece o aussie, será "preciso ser ainda mais louco" ou ser capaz "sobreviver" a manobrar onde o GT aterrou O momento da temporada passada.

Mais do que bom senso, só prova que além de ser o melhor aussie da actualidade o Wnny sabe quem merece Respeito.





Bons Tubos

Small, Bad & Cloudy

Ninguém discute que "sem unhas não se toca guitarra". Mas será verdade que quando se tem unhas em excesso se toca qualquer coisa? Winny explica.



Bons Tubos

Monumental

Surf assim vale a pena ver. Sem traumas.



Bons Tubos

Assassino Sorridente

Há muito que o decidi - ignoro campeonatos sem webcast, com resultados divulgados aos bochechos e sem o mínimo de informação disponível. Não tenho paciência para resumos com 48 horas de atraso, não quero ver resultados de heats no facebook e há muito que deixei de ter idade (e paciência) para ouvir yewwss...

Ainda assim, constou-me que por estes dias o meu amigo, o Assassino Sorridente, foi ao coração da terra aussie ganhar um campeonato tão obscuro como carregado de estrelas. Um aviso para Shark Island?



Bons Tubos

Genial

Bons Tubos

Pedro

A notícia passou despercebida aos media do Bodyboard, mas por estes dias nasceu na condenada Maternidade Alfredo da Costa um futuro campeão do Mundo de Bodyboard. Uma variante do que canta o "pai" Marcelo ai em baixo. No caso do Pedro e do respectivo pai, a procura pela "batida perfeita" será bem diferente.



Certo é que pai e filho vão evoluir juntos. Eu, estarei por perto na esperança que o puto um dia me explique como posso mandar backflips sem mãos.

Fica o melhor filme português que me lembro de ter visto. Crescido, bem editado com ondas de luxo e com quase toda a nossa tropa de elite. Um luxo que eu aqui dedico ao Pedro. Um dia será ele a surfar ondas destas, com o pai e o "tio" na areia aos gritos: "Não vás, não vás!"

Horses from dinis&gustavo on Vimeo.

Bons tubos

IBA World Tour 02 - Já estamos a perder

A temporada até está animada. Duas provas, dois vencedores diferentes, um habitual e um estreante. Mesmo não sendo grande freguês daquela onda, em The Box já tivemos a apresentação de um contender, o Rawlins; e o primeiro aviso da 'surpresa' do ano, o McCharty. Mas já estamos a perder.

Os webcasts até têm dado sinais de melhorias. Uns tropeções em Pipe, mas uma bela exibição live from aussie land ... Além disso, arrisco que em Arica entra outro candidato na corrida. Mas já estamos a perder.

Em Pipeline, faltou o Guilherme Tâmega. A crise, ao que soube, acertou-se na lista de patrocinadores. Certo, é que o vi dizer que só estaria em algumas etapas. Sintra, não. Já estamos a perder.

É certo que o Mundo está fodido. Tão fodido que a palavra tem mesmo de ser esta - fodido. É certo que mesmo os nossos primos bípedes estão a passar por um mau bocado lá na outra galáxia. É certo que a IBA está a tentar arrancar no meio do pior backwash de que há memória. É certo que já estamos a perder.

Venceram a falta de transmissão com um webcast bem acima do razoável. Montaram um campeonato que fez todos os tubarões acordar. E até parece que têm conseguido contrariar as tendências suicidas do nosso desporto. Estávamos a ganhar. Agora sofremos um golo ...

Um desporto em crescimento não pode desperdiçar os seus melhores atletas. Não sei bem como, não sei se um clube, uma marca de camisolas, de pranchas ou de pastilhas elásticas. Mas sei que ficamos todos a perder se não tornamos a corrida sustentável para as nossas maiores figuras.

Palpite. Se o Guilherme Tâmega, o GT (* não confundir com um miúdo australiano insolente), estiver no arranque do main event. Tenham cuidado. No ano passado, fez história.



Bons Tubos

IBA World Tour 02 - "Se estou no Tour é para ganhar"

Rescaldo de The Box pelo grande vencedor. A frase a reter é simples: "Se estou no tour, não vou desperdiçar tempo. É para ganhar." Uma lição para os que por lá andam e para os que andam a ver se lá chegam.



Bons Tubos

IBA World Tour 02 - Fast forward

Feitas as contas ao quarto do campeonato, o cenário é quase inédito. Nos cinco primeiros, há um trio aussie.

Como é possível? O Winchester parece-me apostado em assumir o estatuto de líder da matilha, o Player ainda não fez nenhum daqueles disparates que matam temporadas e o Rawlins só precisou de começar duas provas no main event para vencer a uma. Um aviso para a matilha?

Não querendo discutir arbitragens, acabou por ganhar o bravo que conseguiu a proeza de eliminar o senhor da casa, Ryan Hardy. E foi com surf de patrão, que Rawlins entrou na corrida.

Será desta que voltamos a ter um campeão do Mundo australiano? O caminho não será fácil para a equipa "joga bonito". Alguém dúvida que o McCharty limpa uma etapa? Convém não esquecer que o Pierre Louis Costes tem poderes especiais e que ainda não percebemos a forma do Hubbard. Não querendo parecer maluco, diria mesmo que se derem espaço tanto o Andrew Lester como o "pistoleiro" Romero podem baralhar o jogo.

Fast forward para o Chile?

A teoria.


Bons Tubos