Na última temporada havaiana chegaram, como nunca, relatos de espancamentos a boogies. Para variar, o cenário foi quase sempre Pipe e os aussies ocuparam a linha da frente do pelotão de fuzilamento.
Só hoje me apercebi porquê. E a justificação é evidente.
Alguém a surfar como o Michael Novy ocupa espaço. Dropinando ou não, calado ou barulhento, com tiques de estrela ou discreto, numa onda como Pipe um rapaz daquele patamar nota-se. Eles e as suas três quilhas não gostam de ver a sua menina, a onda, a ser literalmente violentada por um australiano. As cabecinhas pequenas, no Havai como no resto do mundo, fazem o resto.
Numa coisa estaremos todos de acordo. Não se faz a uma senhora o Michael Novy fez à "donzela" Pipe.
A juventude do nosso desporto custa-nos, repetidamente, a falta de registos de alguns momentos históricos. Pelo PdS, descobri o primeiro museu dedicado ao nosso desporto. Ainda a arrancar e, suspeito, sem grandes meios, alguém decidiu arrancar com a primeira montra da nossa memória.
Inevitavelmente, passei para o Youtube. Entre outras pérolas, descobri uma reportagem sobre um campeonato em Pipeline no início dos anos 90. Na final, Mike Stewart, Ben Severson e um rapazito, franzino e zuca. "Ainda hoje, estão para conseguir fazer um rollo como aquele, lá em Pipe". A frase é do Paulo Barcelos.
O Uri Valadão já por aqui disse que se o Guilherme Tâmega fosse australiano ou havaiano teria mais de dez títulos. Não sei se será verdade e não é este o video que o comprovará. Mas há evidências. Há vinte anos, foi o Tâmega a mostrar o caminho para um bodyboard de hoje. Enquanto uns pontuavam com 360º, o imberbe Tâmega respondia com rolos na boca. Mas garantidamente que o excesso de zelo, de pica se preferirem, lhe custou alguns heats. Hoje já nem os cépticos australianos o conseguem negar. "Foi ele que acabou com o domínio do Mike Stewart em Pipe, tanto na competição como no fressurf. A frase não é minha, é do http://bodyboardmuseum.com.au .
Uma entrevista ao novo campeão Mundial de Bodyboard, um artigo sobre a revolução que a IBA promete e os Sub-21 que a poderão vir a dominar. Pelo meio, ainda há uma conversa em torno da turminha dos Açores e uma surftrip à West Coast australiana. Acompanhada de um DVD - que ainda não vi - esta é, garantidamente, uma das melhores edições da VERT de que me lembro.
Os defeitos continuam por lá - as fotos das meninas em biquini atingiram o all time low - mas as melhorias são evidentes. Daqui, vão os meus sinceros parabéns!
... posto isso
Mesmo sem perguntas particularmente inspiradas, o Amaury dá uma bela entrevista. Com discurso adulto, o homem das Ilhas Reunião fala da infância, do Estado da Nação [a desorganização reinante é perceptível pelo estatuto do mundial IBA para o Governo francês], do futuro [ AL é mais um dos esperançados no próximo Mundial] e ainda reconhece que não é o melhor bodyboarder do Mundo. Aponta para a Austrália como a "terra das oportunidades" do Bodyboard, mas elege o francês radicado na nossa Margem Sul como o bodyboarder que está "tecnicamente a outro nível". O Amaury é mesmo dos campeões que veio para deixar marca.
Eu até sou dos anti-saca, mas obrigado ao anónimo. Agora, esta casa deve ser participada, mas por favor assinem.
Anónimo disse... O Surf está muitos anos à frente do bodyboard por uma simples razão, é um desporto muito mais antigo! O bodyboard é um desporto muito recente e acredito que muito em breve será alvo de um forte crescimento, sobretudo com esta revolução no iba world tour, o investimento que a Turbo Bodyboards vai fazer, vai ser algo brutal e penso que isso vai dar frutos. Temos tudo para crescer, fazemos parte de um desporto espectacular e tão ou mais radical que outro qualquer, com cabeça e paciência chegamos lá, não tenho a menor dúvida...
Quando ao WCT é sem dúvida um exemplo que devemos seguir (isto se quisermos tornar o bodyboard num desporto mainstream) e não deviamos menosprezar o patamar onde o surf chegou, quer a nível de reconhecimento quer a nível de Surf. O Surf tal como o bodyboard é um desporto espectacular onde todos os dias surgem novas manobras e se quebram límites em ondas de consequência.
Por último, não compreendo esta contiua atitude por parte de nós bodyboarders em deitar o único surfista que temos no WT a baixo. Sim...já sei que o saca gozou com os bodyboarders, mas só fica ofendido com as suas palavras que nem tem maturidade suficiente para compreender que aquilo não passou de uma brincadeira. Chegar ao WT de surf não é nada fácil e só devemos ficar orgulhosos por termos um português a representar (e bem) Portugal no circuito,o saca neste momento é top 16 mundial e tem nível para se bater com qualquer um do circuito, dizer que o surf dele é mediocre é falar da boca para fora. O Surf é um desporto gigante com muito mais pessoas a competir por um lugar no circuito mundial, o bodyboard a nível mundíal continua a ser um perfeito desconhecido, tirando Portugal e Canárias ninguêm sabe quem somos, vão viajar e perceber aquilo que quero dizer. Vamos aprender com quem fez bem e parar com esta atitude invejosa do deita a baixo, somo muito melhores que isso. 16 de Outubro de 2010 04:28
Um site renovado e com novos conteúdos, uma transmissão online para cada evento e duas ligas em competição: a Grand Slam Series e a Global Qualifying Series. Além disso, ainda são anunciadas as novas etapas. Nada mais, nada menos que Taiti, Box, México e El Frónton. As promessas são de Terry McKenna, General Manager da IBA, que ainda anuncia a entrada em cena de uma nova empresa: a IBA Pty, de um tal de Greg Taylor. "A actual equipa levou o desporto até onde pôde com os limitados recursos que tínhamos, mas esta empresa vai levar-nos a outro nível. Estamos a entrar numa nova era de profissionalismo", escreveu McKenna.
Perante tal cenário - melhor é impossível, arrisco - é inevitável procurar falhas ou sinais de que tudo não passa de mais uma dose de "banha da cobra". E desta vez nem foi preciso procurar muito. O aviso está no próprio comunicado. Os rapazes estão a caminho da Europa para procurar patrocinadores. Posto isto, só vejo duas hipóteses. Ou ainda estão a reunir apoios para passar da teoria à prática, ou apenas procuram quem ultime os pormenores. Convenhamos, é radicalmente diferente estar, nesta fase do "jogo", à procura de quem pague os prize moneys ou de quem forneça o catering aos atletas.
Seja um real plano para elevar o desporto ao nível seguinte, seja apenas um plano de boas intenções ou seja já uma garantia para o próximo ano, parece-me que todos temos de cruzar os nossos dedos. Figas para que a IBA consiga mesmo passar da teoria à prática, figas para que os senhores dos euros no nosso desporto (porque os há por ai) não se escusem de ir a jogo.
Para já, deixo os meus dois cêntimos. Se vamos ter etapas em algumas das melhores ondas do Mundo, melhor informação sobre as provas e até um circuite de qualificação, deixo um apelo para que não façam disparates na hora de definir o calendário. Seja no Taiti, seja nas Canárias, seja em Sintra, um mau timming pode destruir toda a credibilidade de uma competição que se quer, definitivamente, estabelecida.
Enquanto não chega o teaser com os detalhes das GSS e GQS, aqui fica o registo de uma das mais recentes boas iniciativas do bodyboard nacional.
Cá pelo burgo, adoramos fazer nossos os males do Mundo. Dizemos mal do que é nosso, gabamos galinhas alheias e lamentamos o mau fado genético que condena ao fracasso tudo o que vai sendo feito. O Mundial de Surf em Peniche assim como o anúncio de um campeonato de ondas grandes na Nazaré, são dois belos exemplos.
De um lado, em vez de se celebrar o facto de, pela segunda vez consecutiva, o título mais relevante do Universo das ondas ter ficado decidido nas nossas ondas e por, também pelo segundo ano consecutivo, as nossas praias, o nosso público e a nossa capacidade de organização de grandes eventos - sim, o WT é um GRANDE evento - terem sido elogiados apostamos em dizer mal, em encontrar defeitos. Porque agora o surf é feito pelo ar - não percebo como é possível gostar de cut backs e achar aéreos entediantes - porque o Saca voltou a desiludir - ninguém lhe tira mérito de lá ter chegado, mas deixem-se de ilusões: tem um surf ultrapassado e não é do nível dos candidatos às vitórias - ou porque o investimento é demasiado grande para um único desporto - este é um disparate tão grande que nem comento ...
Na Nazaré o drama é diferente. Então agora os surfistas vão apropriar-se da "nossa" Praia do Norte? Ondas grandes e Nazaré são sinónimos de bodyboard e eles não nos podem roubar isso! Os cabrões!
Mais uma vez, toda a vossa - lamento, mas nada tenho a ver com isso - mesquinhez dispara. Comparar a realidade do surf com a do bodyboard é um exercício deprimente. Estão à frente em tudo, têm os euros, a cultura e as estrelas e nós ainda mal começámos a caminhar. Portugal, seja em Peniche, seja na Nazaré ou na Ericeira (que giro quererem ser 'bakcup' de Peniche), só tem a ganhar com as visitas regulares das estrelas das ondas e essas, meus amigos, surfam em pé. Felizmente, para a gente de vistas largas, é também evidente que nós, boogies, também só teremos a ganhar com isso. Porque é evidente que se há Fórmula 1, também pode haver Mundial de Ralis, porque a cultura deles também é a nossa e, no limite, porque é um espectáculo memorável ver alguns destes rapazes domar ondas.
Depois de uma semana e meia a ver os melhores do Mundo, nas melhores ondas do país, estou cada vez mais convencido que o nosso caminho terá de ser feito ao lado dos primos bípedes. Frente a frente seremos esmagados, contrariar é estúpido e só temos a aprender com eles, com a indústria e mesmo com a ASP. Na Nazaré, caso o campeonato aconteça, estarei na primeira fila porque em ondas daquelas o que menos me interessa é o veículo utilizado.
Aos senhores que inventaram o Mundial de Surf, aqui fica, de um boogie empedernido, um sentido obrigado. Aos senhores que tentam empurrar o BB para a frente, deixo um desejo: aprendam. Seja no Mundial, seja em campeonatos de ondas grandes, há muito para aprender com o surf.
O Rip Curl Pro em Peniche impressiona. Com chuva ou sol, a praia está cheia, os parques de estacionamento encolhem e mesmo para comer é preciso usar todo o conhecimento local para evitar filas, empregados mal dispostos e fins de stock. A organização é de nível internacional - não confundir com as barraquinhas na Praia Grande - com zona de imprensa, marketing, sponsors a sério, informação ao alcance de todos e atletas profissionais. Enfim, é inevitável que qualquer bodyboarder se sinta, pelo menos um bocadinho, invejoso.
Ainda assim, a provar o velho ditado segundo o qual "Deus dá com uma mão e tira com a outra", bastaram dois heats para que o português em prova voltasse a ter de recorrer ao stock das desculpas para justificar o miserável resultado: repescado no primeiro heat e eliminado no segundo por um voador Simpson.
Depois de ver pela praia a Rita Pires, o Faustino e os residentes Silvano Lourenço e "Laranja", é inevitável pensar: fosse o desporto outro, e até ao final não faltariam atletas da casa para apoiar. Mas enfim, "Deus dá com uma mão e ..."
O dia foi intenso em Peniche. Pranchas partidas, teclas batidas, areia nos sapatos, sal no focinho, dor no coração de ver tão boas ondas e nós a seco. Até agora. Com vantagem, afinal, eles tiveram água salgada e nós temos vinho. Pois. Tinto.
Cocas: Não foi fácil. É certo que foi um dia passado na praia a ver os melhores surfistas do Mundo. Mas também foi um dia em que a irritação se instalou. Sets com dois metros, esquerdas e direitas à disposição e tubos para todos os gostos. Dos perfeitos, dos assustadores e dos homicidas. Na água, estavam os melhores do Mundo, mas com uma absurda escolha de prancha. São burros os rapazes do WT! Trocando de prancha e de posição, teriam aproveitado melhor os melhores tubos da Europa. Valeu-nos a representação dos nossos agentes na água. Tubos gigantes da turminha da Refresh e um relato para os registos: "Viste o gajo que saíu de tubo para air reverse?!" Sim, o Mr Charles, passadas seis horas e já bem 'tinto' ainda guincha.
Regra para o Kelly Slater Pro Surfer: mais vale um 180º perfect que um 360º para o recife. Mesmo assim, o primeiro lugar no Pipe Masters já cá mora. Vamos a G-Land ...
É lamentável ninguém ainda não se ter lembrado de uma coisa destas em bodyboard. Sim, que isto à noite e com os copos é um delírio.
E, agora, vamos lá acabar com a garrafa, que amanhã diz que há ondas...para os outros e, já agora, para dois sapinhos ressacados.
Any of the top Euro guys riding your custom crafts now?
I shaped customs for team guys from a few different International brands. It's always exciting to work with Elite riders from around the World and the Europeans were no different. I shaped for guys from France,Spain and of course Portugal. I did a lot of work with Rita Pires who is 11x womens national champion and 5x European champion. Rita surfs exceptionally well and her knowledge for waves and materials was quite refreshing. Working with Manuel Centeno was also a great experience as he is one of the most highly recognised riders to emerge from Europe. There are other riders who I have spent some time with working on some new ideas for their 2011 season but I will keep the names off record for the time being.