A revista de bodyboard nacional é provavelmente a publicação que compro há mais tempo. Em casa tenho os primeiros (salvo erro a partir do segundo) números da Bodyboard Portugal, tenho a fase em que se passou a chamar BB Portugal, tenho a Vertical e, finalmente, há uns anos que compro a Vert. Raramente falhei.
Na Bodyboard Portugal conheci os primeiros figurões do desporto e por alturas da mudança de nome comecei a sonhar em aparecer numa fotografia. Não é difícil perceber que nunca o consegui, mas também não é grave. Na fase da VERT perdi, talvez, uns dois anos de edições. A vida tinha-me permitido aprender, ler, conhecer outras revistas e a minha revista de bodyboard tinha-se tornado irritantemente infantil. Curiosamente, essa foi a fase da vida em que menos surfei...
Hoje cumpri o ritual e fui à caça de revistas. Trouxe o Público e o precioso Ipsílon, comprei a Esquire e a Wired e, noutra papelaria, a VERT. Não discuto preços: compra quem quer e se a qualidade do produto o justifica, paga-se de bom grado. Mas é aqui que a VERT falha. Compro-a por princípio e não à espera de ser surpreendido.
Já tivemos editoriais a gritar contra a indústria do surf, a lamentar falta de apoio e agora percebemos que a VERT esteve, ou está, por um fio. No ano passado, os 'monstros' da imprensa nacional perderam em média 30% das receitas de publicidade e tremeram. Não é difícil perceber o que acontece a uma redacção de um + mais meia dúzia de colaboradores...
Mas eu, crente que sou no crescimento da comunidade de Bodyboard, não vejo "a revista de bodyboard nacional" como um projecto condenado. Fiéis, seremos algumas centenas, aspirantes a Bodyboarders outros tantos e curiosos ainda mais alguns. Há espaço em Portugal para uma publicação do nosso desporto, mas para sobreviver a nossa revista precisa de uma grande volta.
Os textos têm de começar a ser bem escritos (se o excesso de lugares comuns desse multa ...), é preciso reformular os critérios editoriais (o novo campeão nacional só tem direito a 4 perguntas e uma foto de pódio a preto e branco!?) e, sobretudo, despedir a nova equipa de designers - qualquer profissional saberia avisar que fazer a revista funcionar 'ao alto' é uma experiência arriscada, deve ser usada com parcimónia, que exige muito cuidado com as fotos e que é cansativa para o leitor...
A explosão da internet, de sites e blogues, tornou os leitores mais exigentes e, pior, no Bodyboard a exigência dos leitores (espero) disparou. Porque se há uns anos era complicado encontrar alguém com mais de vinte anos agarrado a uma esponjinha, hoje já há muita careca e muito grisalho no line up e nós, que me desculpem os mais novos, não papamos escritas adolescentes.
Na água o nível subiu, mas a seco a comunidade não ficou atrás. Basta ver o ritmo das visitas no Palavras ou da conversa no InsideBB para perceber que o público existe, está a par das novidades, lê sobre o desporto e quer sempre saber mais. Só é preciso conseguir lançar para as bancas um produto que o faça aderir a esse hábito de "velhos": o de comprar revistas.
Não conheço quem a faz, não sei quem a paga, nem quem a distribui. Não quero saber. Sei que todos podiam fazer (bem) melhor, mas também sei que não é certamente feita sem sacrifício e que é "a revista do bodyboard nacional". Isso basta para que eu a compre, para que contribua para que os novos atletas possam exibir páginas aos patrocinadores, para que os aspirantes ganhem a "pica" que eu há uns anos roubei da Bodyboard Portugal. Vocês deviam TODOS fazer o mesmo.
P.S: Agora vou ver o filme.
Bons Tubos
vai...vai la ver o filme e nao voltes....
ResponderEliminaro bom o mau e o bodyboard...
que nome fatela..
á brava mesmo ....
zé freichieiro---povoa do varzim
veze-se que tens mt que fazer cocas....
ResponderEliminardeves trabalhar mt deves.....
cocas, o adulto,reflectido, maduro e sensato...
quando "posta"..posta á séria!!!
qd comenta os resultados do mundial....nao sao comentarios....sao palavras sábias de alguem com um imenso conhecimento sobre a materia, de alguem que na meia hora apos a final ter terminado, já conseguiu reflectir o que tinha absorvido á priori...
palavras para que...sensacional!.....o seu dominio da lingua portuguesa é mais do que notavel...que conhecimentos é que terá mais o cocas?
aquele sumario da sua pessoa, no quanto superior direito....genial!!!!soberbo!!!
se nao fosse o numero de horas exigidas pelo programa que apresentas na SIC com o Miguel Sousa Tavares, certamente que aceitavas trabalhar na Vert como consultor externo....
um jornalista com o teu portfolio, ja deveria estar na CNN!
chatice, a questao dos vistos de trabalho para os EUA,...nao é coquinhas?
Comprem a VERT...comprem...é uma merda de uma revista...mas comprem...comprem porque fazem bodyboard e comprem porque querem ajudar o bodyboard....mas nao se esquecam, é uma merda de uma revista
Quem mais sapiente do que o coquinhas para fazer esta analise?
frases profundas....
de onde e que saiu este granda tono......
Eu adoro a Vert : ) Compro porque gosto e me dá pica!
ResponderEliminarPessoalmente também não gostei do grafismo. BAixou de qualidade. Tenho estado a reler Vert´s do número oitenta e tal para frente e não tem qualquer comparação a cor e a o apelativo das fotos e design da revista. Li numa entrevista ao André Carvalho (Goma, acho eu) que tinham deixado de colaborar com a Vert e que lhe desejavam muitos anos de vida (fez-me logo desconfiar se tudo estaria "bem" com a revista). Curiosamente estão a tratar do grafismo da SurfPOrtugal e notou-se bem a sua falta nesta edição. Desaparecerem também nomes como o Bruno Lisboa e Pedro Dias, Billabongs, Quiksilvers, Science, Eastpack, etc e a revista ressentiu-se.
ResponderEliminarEspero sinceramente que voltem os melhores dias que faz falta à comunidade BB uma Vert forte e saudavel :).
Tenho todas as revistas desde a BBPOrtugal nº1 à Vert 104 e quero continuar a gostar do que compro contribuindo com sugestões para a melhoria do mag.
Cocas estás com um poder de análise do caraças, acertas-te na Vitória do Jeff, fizes-te uma grande análise do campeonato de pipe e agora esta avaliação da revista. Dá-lhe agora.
Ricardo, um careca ainda não muito grisalho.
Na mouche, amigo. Nada a acrescentar. Apenas discordo numa coisa. Não é a VERT que nos faz falta, o que falta ao BB português é um meio de comunicação de referência. E a Vert é-o apenas por defeito. É que não há mais nada. Uma pena.
ResponderEliminarA Vert é uma "Brand magazine", que é que ainda não reparou que determindas marcas estão sempre em todas as edições com fotos dos seus atletas!E não é só por pagarem a publicidade! Infelizmente como diz um amigo meu a Vert é uma revista de amigos!
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