Já lá vão uns anos que de um pequeno blog segui para ajudar a fazer uma referência da blogosfera nacional, o Palavras de Sal. Depois, pelo sossego da coisa, mudei-me para aqui e agora, três anos depois, chegou a altura de voltar a seguir. Sigo para A Bica.
Tal como no mar, também na casa nova o pico vai ser partilhado com um primo bípede. E será no Meia Maré que continuarei a matar o bichinho de escrever sobre o nosso bodyboard.
Por lá estarei para perguntar se não há quem agarre o touro pelos cornos. Se sou só eu a achar que a vitória do Player em Pipeline vem baralhar a hierarquia na lista de Candidatos. Se sou só eu a achar que o nosso desporto também tem de conseguir seguir. Sobretudo, estarei por lá para partilhar o que vai acontecendo pelo mar e entre os nossos.
Vou continuar convicto que o Hubbard é o melhor do Mundo. Vou continuar com medo do Ben Player e com um grande respeito ao Ryan Hardy. Vou continuar invejoso do Winchester e convencido que, mais cedo ou mais tarde, o McCarthy será campeão do Mundo. Vou continuar convicto que não é por falta de talento que não temos um português no Grand Slam da IBA. Vou continuar à espera dos webcasts.
Despeço-me com dois dos dilemas que por lá vou tentar desmontar.
Ao primeiro, basta olhar bem para o pódio do Iba GoPro Pipeline Challenge para o perceber. Com o Hubbard a tentar seguir as pisadas do tio Mike, tanto na colecção de títulos como nas pranchas, e o Pierre Louis Costes a ameaçar surfar em modo "Fronton 2012". Com ambos a verem Ben Player ganhar a etapa que, tradicionalmente, 'marca' o futuro campeão? Com wildcards como o Rawlins, o McCarthy. Com avistamentos de Botha? Lamento, mas ainda não sou capaz de escolher um favorito ao Santo Graal dos Canecos.
O segundo é bom, é nacional. A julgar pela actividade em Pipe, temos o Tó Cardoso em full speed atrás do estatuto, o Hugo Pinheiro na luta por um lugar que lhe pertence e o Rui Pereira a começar a temporada com uma das melhores exibições nacionais de que me lembro na etapa rainha. Para os mais distraídos - passou a segunda ronda com 9.58, a terceira com 8.38, na quarta limpou o Charlie "deviam ter-lhe dado o 10" Chapelet com um revelador 15.38. Na quinta foi segundo entre o Sasha Specker, o Alistair Taylor e o Charlie Holt e só caiu aos pés de Mike Stewart e Mitch Rawlins. Nesta altura, Rui Pereira leva a tocha, mas alguém arrisca sobre quem será o português melhor classificado no Mundial?
Pela Meia Maré continuarei a tentar resolver dos dilemas e, com alguma sorte, desencantar outros. Fica por aqui O Bom, o Mau e o Bodyboarder. Fica por aqui o Cocas. Segue o vicio pelo mar e pelo Bodyboard. Segue a inconsciente adoração aos mestres da arte de domar ondas e aos heróis e vilões da sua história. Seguem os palpites e, quando me sentir mais científico, as fezadas.
Segue a vontade de continuar a ver e partilhar o melhor do nosso Joga Bonito. Fica um clássico.
Bons Tubos